quinta-feira, 4 de novembro de 2010

12 Lessons from Eric Cartman

Os conselhos que vos deixo.

Aqui

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

O perigo da história única

Aqui.


Porque muitas histórias importam.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Shigeru Ban


Não conhecia, e fiquei imediatamente rendido, ao ponto de ter de partilhar convosco.
Chama-se Shigeru Ban é japonês e o autor do novo Centro Pompidou em Metz .
Concebe edifícios com estruturas suportadas por tubos de papel e casas em material reciclado e de baixo custo para ajuda a refugiados em áreas de catástrofe.
Conheça-se aqui melhor a obra de Shigeru Ban.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Há vida além da rede...

Entretanto já (re)começou a campanha bloguística contra o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira. Longe de mim querer atestar a honestidade negocial do Sr., todos sabemos que hoje em dia, o poder negocial anda de mão dada com todo o tipo de influências, pressões e até muitas vezes vigarices.
No entanto, e apesar de estarmos em plena era da Internet, onde a informação nos chega primeiro através de outros canais, que não os convencionais (TV, radio, jornal), não nos podemos esquecer que existe um país real, o país que não está nas redes sociais, nem nos blogues, nem no msn. O tal país que deu, depois de uma vergonhosa campanha eleitoral, uma esmagadora maioria ao actual presidente. Ainda é esse o país do Benfica.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Fanfarronices

Como era de esperar já começaram as piadolas sobre as fanfarronices do Jesus. Aqui.
Não percebo porquê!?

Nota: Não pensem que lhe chamo fanfarrão agora que o barco abanou, não, já no final da época passada, quando ele era o melhor do mundo, eu cheguei à conclusão que a forma como tratava os colegas de profissão, era coisa de fanfarrão. É que podemos ser bons no que fazemos, mas sem humildade, nunca seremos os melhores.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Punctum

Fotografar é colocar na mesma linha de mira a cabeça, o olho e o coração.
Henri Cartier-Bresson

Henri Cartier-Bresson


Cindy Sherman


Ansel Adams


August Sander


Sebastião Salgado


Helena Almeida


George Rodger


Francesca Woodman


Doisneau


Steve McCurry

Man Ray

Dia Mundial da Fotografia

O surgimento da fotografia foi proporcionado por Nièpce, inicialmente conhecido como litógrafo. Foi exactamente quando trabalhava neste campo que concebeu a ideia de aplicar à “pedra litográfica”, não só os desenhos dos artistas, mas também as imagens obtidas com a câmara escura.

Joseph Nicéphore Niépce “Point de vue du Gras” (1826)

Estas imagens, as heliografias, são, na realidade, as primeiras fotografias que se conhecem, já que o seu autor combinou o princípio da câmara escura e o seu conhecimento das substâncias fotossensíveis para conseguir uma imagem estável e inteiramente desenhada pela luz.

A fixação das imagens foi assim conseguida por Nièpce, ao tratar com uma solução de ácido nítrico as imagens obtidas sobre papel banhado em cloreto de prata. Faltavam, no entanto, ainda muitos passos para aperfeiçoar a invenção. Enquanto Nièpce descobria o sistema para fixar as imagens produzidas pela câmara escura, outro francês, de seu nome Daguerre, investigava no mesmo sentido.

Em 1838 Daguerre deu por concluídas as suas investigações, baptizando o novo processo com o nome de daguerreótipo. Daguerre foi o primeiro a conseguir uma imagem fixa pela ação direta da luz.

Louis Daguerre - Boulevard du temple 1838

Ao mesmo tempo que esta nova invenção entusiasmava o público, procedia-se à invenção da fotografia tal como é feita actualmente. Tal deveu-se a Fox Talbot, físico e matemático que havia baptizado o calóptico, com o qual permitia obter, a partir da primeira imagem negativa, tantas cópias positivas quantas fossem desejadas. A imagem, formada pela exposição de papel na câmara, foi desenvolvida por tratamentos químicos fixados e depois recopiados para produzir o chamado “positivo” do “negativo” produzido na câmara.

Fox Talbot, The Ladder, 1845

No entanto, em 1851, ambas as técnicas (calóptico e daguerreótipo) foram rapidamente ultrapassadas por um outro processo negativo – positivo: era o chamado negativo em vidro, que permitia uma mais rápida e económica duplicação de cópias.

Estes foram os passos dados mais importantes no campo fotográfico, que permitiram com que chegássemos à máquina Kodak, em 1888, que revolucionou toda uma sociedade baseada no capitalismo, bem como a indústria da fotografia, já em franco crescimento desde a sua invenção por Nièpce e Daguerre.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Frase do dia

Podemos caminhar sem pressa. Mas nunca caminhar para trás!
Abraham Lincoln

Curtinhas de Fim-de-Semana

Ficámos a saber duas coisas este fim de semana:

A primeira (e mais importante) é que o Jorge Jesus não sabe fazer pré-épocas com os jogadores a chegarem a conta gotas...

... a segunda é que é condição para governar o país viver em Massamá.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Fui eu que sonhei...

Para uns isto nunca aconteceu...


... para outros isto também não...



... e pelos vistos parece que isto corre o risco de também nunca ter acontecido...


... e agora?

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Rapidinha antes de almoço...

Tenho acompanhado pouco (graças a Deus) a saga do Rei Ghob e dos crimes de Carqueja. Mas de repente, assim de repente, e analisando a forma como as famílias das vítimas foram "embarriladas" nunca a expressão de pendor pejorativo "Deves ser da Lourinhã" fez tanto sentido...

... santa ignorância.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Real ou Onírico: eis a questão



Chistopher Nolan é já conhecido pelas suas grandes narrativas disruptivas, devido ao uso constante daquilo a que ao nível da disciplina da Textualidade se denomina analepse e prolepse. E aqui falo obviamente do filme Memento, onde há este percorrer constante entre um passado que é também ele presente e futuro. Um filme cheio de intertextualidades e que concorre para que seja um dos mais adorados da história do cinema.

Contudo, o que se passa no filme Origem supera qualquer ideia de que este vá ser mais um pastiche no que toca ao Memento. Este filme transporta-nos directamente para um labirinto: aliás, o nome da arquitecta “Ariadne” surge como uma referência subliminar a ele mesmo (Ariadne é a figura mitológica que ajudou o seu amado Teseu a sair do dédalus e a salvar-se da fúria do Minotauro).

Mas este filme projecta-nos para um labirinto criado em mise-en-abîme, num jogo de reflexos, num abismo de narrativas, que mais do que entorpecer, esclarecem. É necessário cair, para acordar. É necessário agir para não se ficar preso numa realidade imaginária (antitético, eu sei), paralela que, de tão desejada, se torna estreme. Resta saber o que se quer para a vida: um real-onírico, fabricado pela nossa mente que anseia por um palco construído à nossa vontade, ou o real-térreo, cru, tal como o conhecemos. No fundo trata-se de questionar: o que se quer real?


Um filme a não perder.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

"Eu vou ter de ganhar a Champions dê lá por onde der"

“A Champions é um objectivo da minha vida desportiva. Eu vou ter de ganhar a Champions dê lá por onde der. Em que ano não sei, mas que a vou ganhar disso não tenho dúvidas. Acredito que poderá ser pelo Benfica”
Jorge Jesus no jornal A Bola em Maio de 2010

"Tenho a minha convicção que vou ganha-la, agora não sei se em que ano é que a possa ganhar, agora que vou ter capacidade para o fazer, não tenho a mínima dúvida"
Jorge Jesus no programa Trio de Ataque em Maio de 2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Aconteceu no Oeste...


De todos os crimes que este psicopata cometeu, ainda não o acusaram porventura de um dos mais graves neste país... O assassinato do bom-gosto...

Perpétua para o Rei dos Gnomos já !!!

E mais uma vez a culpa morre solteira...


... para ler (e recordar) aqui.

O Leitor


Há filmes que por um motivo ou outro (geralmente o UM é a impossibilidade física, vulgo falta de tempo) me passam ao lado e revelam-se um pouco mais tarde num período posterior à moda (chamemos-lhe assim) de o ver.

Ontem ao fazer o habitual zapping nocturno “tropecei” no “The Reader”, o filme que valeu um Óscar à Kate Winslet (Hanna Schmitz) e conta com a (sempre brilhante) participação do Ralph Fiennes (Michael Berg).

Infelizmente não apanhei o início do filme e quando o comecei a ver já a principal “trama” estava consumada. Uma leitura aqui e outra ali (brilhante trocadilho com o nome do filme, repararam?) fez me entender qual o motivo porque um rapaz de tenra idade trocava carinhos com uma mulher uns anos mais velha num apartamento de Neustadt (a obtenção do nome da cidade foi também graças a uma leitura acerca do filme) no final da década de 50.

A história versa então sobre um rapaz que conhece uma mulher mais velha e se envolve com a mesma. A leitura de obras literárias que o rapaz vai lendo na escola são seguidas de envolvimento sexual entre ambas as personagens até ao dia que em “misteriosamente” Hanna desaparece após uma promessa de promoção no emprego.

Anos depois, com Michael na idade adulta e já aluno de Direito da Universidade de Heidelberg sob a tutela do Professor Rohl ( o brilhante Bruno Ganz de “A Queda”) “tropeça” num julgamento relativamente a acontecimentos da Segunda Guerra Mundial e um massacre de judeus. Michael descobre que Hanna tinha um passado nas SS e estava envolvida sendo mesmo apontada como a responsável pelos actos criminosos.

Ao ser pedido uma amostra de caligrafia de Hanna em tribunal, de forma a comprovar que teria sido ela a redigir um relatório que a incriminaria é revelado (finalmente… pois em cenas anteriores já era óbvio) que Hanna é analfabeta e que isso seria a razão por detrás da sua recusa em aceitar a promoção no emprego que conduziu à incorporação nas SS. No entanto acaba condenada a prisão perpétua.

Michael segue a sua vida, casa, tem uma filha e divorcia-se. Um dia ao vasculhar documentos antigos tem um encontro com o seu passado com Hanna e decide-lhe enviar cassetes com textos seus para a prisão.

Hanna aprende a ler e a escrever e começa a trocar correspondência com Michael.

No final da década de 80, Michael é informado que Hanna vai ser libertada. Encontram-se na prisão e Michael promete ajudá-la a recomeçar a sua vida.

Quando regressa para a ir buscar, é informado que Hanna se suicidara e que lhe deixara em testamento uma lata com algum dinheiro para oferecer a uma das vítimas do massacre em que esteve envolvida.

Desconheço se versa sobre uma história verídica, mas a ideia base do filme é simplesmente brilhante, existem cenas fantásticas (adoro a cena do beijo no dia do passeio de bicicleta pelo campo) e o diálogo final entre Michael e uma das “vítimas” do passado de Hanna é brutalmente cru.

A (re)ver com atenção… desde o início.

sábado, 17 de julho de 2010

Classe média, where are you?

O Estoril Sol Residence em Cascais, acabou de anunciar que dos 110 apartamentos que existiam para venda apenas faltam vender 7. Os imóveis, de tipologias T1 a T6 foram comercializados entre os 1 e 4M€. Até ao momento o promotor já fez um encaixe superior a 200M€. Foda-se!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O Tuga


São demasiadas as vezes (demasiadas no sentido de muitas e por vezes a mais) que critico o “tuga”. Em primeiro lugar, porque para mal dos meus pecados sou um deles, com o fatalismo inerente ao local onde se nasce (o maior fatalismo de uma vida se pensarem um pouco…) e depois porque sendo um deles não deveria ser tão crítico para o que… sou.

Se há característica que o “tuga” tem é a arte do “desenrascanço”. Talvez por anos a viver de “apertos” (Crise? Já a vivemos desde 1143…) ou pelo clássico “Chico- esperto” o “tuga” é claramente um artista da sabedoria popular…

Pois bem, hoje quero homenagear o “tuga” na pessoa do segurança do metropolitano que hoje partilhou comigo a sua sabedoria.

Há dias que tenho dificuldades com o meu “Lisboa Viva” nas cancelas do Metro. É o único sitio onde tenho problemas. E ontem, para desespero, essa dificuldade no identificador custou-me perder um barco (sim…coisas de suburbano… e então?) e um atraso de 2 minutos para o pontapé de saída do Uruguai – Holanda no Mundial. Revoltou-me…

Hoje voltei ao lugar do crime. Ao tentar passar novamente “Erro”. Já não aguentava mais o ar esbaforido dos que estão atrás a serem empatados pelo gajo que “provavelmente não pagou o passe este otário” (outra característica do “tuga” – o escárnio e o boato) e dirigi-me ao segurança. Pois bem, o problema não era electrónico. Era mesmo mecânico. “Carregue com o dedo aqui no chip enquanto o aproxima do identificador. Resulta que é uma maravilha” E resultou…

Obrigado

terça-feira, 29 de junho de 2010

"Dessine-moi un mouton"



Antoine de Saint-Exupéry nasceu a 26 de Junho de 1900 e escreveu, com uma linguagem simples de criança, um livro complexo para adultos. Le petit Prince surge como uma fonte inesgotável de imagens que, enquanto reflexo de um turbilhão de palavras, nos transportam para um universo de viagens, emoções e reflexões.
Um livro obrigatório.

A frase:
"Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível para os olhos.”

segunda-feira, 21 de junho de 2010

É o Mundial estúpidos !!!


Confesso que não sou o maior adepto da Selecção Nacional. Não sou. Prefiro que o Benfica ganhe por 1-0 ao Desportivo das Aves que Portugal goleie a Coreia do Norte por sete golos sem resposta.
Feita esta declaração de intenções, sou livre de escrever a minha prosa...

Estou a acompanhar este mundial como nunca acompanhei outro.

1978 não era nascido, em 1982 apenas me lembro de uns cromos que tinha e do Naranjito. Em 1986 lembro-me do Portugal-Inglaterra e do Maradona. Em 1990 já gostava de futebol a sério. Adorava o Brasil de Careca, Alemão e dos Benfiquistas Ricardo, Aldair e Valdo. Admirava a Alemanha dos 3 alemães do Inter (e do Littbarski claro) e a Italia do Giannini. Lembro-me também de ter um colega africano na turma (angolano) que dizia já antes do Mundial que os Camarões iam dar cartas... Vi alguns jogos, mas era altura de férias grandes, e um gajo queria era praia e namoricos (mas lembro-me de estar em Vila Nova de Milfontes colado a uma montra num café em frente ao Pacífico a ver os penalties do Inglaterra - Alemanha e a festejar o gesto do Olaf Thon e da final pois claro.)

Chegou o mundial dos Estados Unidos em 1994. Um país completamente "estranho" a todo o universo futebolístico que imaginava. Os horários dos jogos eram um pouco fora do comum (lembro-me de ver um jogo da Suécia a altas horas da madrugada num bar em Vila Nova de Milfontes com o meu amigo Tó - sim... esse mesmo - que de repente apareceu na Vila...). Vi a final e fiquei triste com o falhanço do Roberto Baggio. Num grupo de amigos só uma rapariga torcia pelo Brasil. "Éramos" todos pela Itália. Mesmo que do outro lado estivessem magos como o Bebeto e o Romário.

O mundial de 1998 passou-me praticamente ao lado apesar de ser disputado em França. Vi pouquíssimos jogos (nem a final vi...) mas lembro me de uma discussão cá em casa por torcer pela Noruega frente ao Brasil. Coisas de torcer pelos "pequeninos"... Ganhou a França. A selecção Arco-Iris no país de Le Pen.

Chegou o Mundial de 2002. Desta vez não um país "estranho" mas dois: Coreia do Sul e Japão. Os horários não eram os mais apetecíveis mas lá se iam vendo jogos no escritório. Lembro-me da euforia do meu chefe (que até trouxe uma TV !!!!) para o Portugal - EUA. Desilusão portanto... Portugal jogou apenas 3 jogos e voltou para casa. Foram recebidos num coro de insultos e apupos nos aeroportos. Um "Carnaval" lusitano...
No final ganhou o Brasil numa final frente à Alemanha. Não gostei. A meia final em que a Turquia (o futebol mais combativo do mundial) foi eliminada pelo Brasil não foi muito "limpinha". Assim como o percurso da Coreia do Sul... Até às meias finais...

Depois da euforia do Euro 2004 (não me lembro de ver o país num clima de festa tão grande durante tanto tempo...) chegou o Mundial de 2006. Na Alemanha venceu a Itália na final celebrizada pela cabeçada de Zidane a Materazzi. Portugal chegou às meias finais e fez alguns jogos muito bons.

Chegou o mundial 2010. Pela primeira vez em África. Ainda vamos na primeira fase mas até agora estou a gostar e tenho visto a maioria dos jogos (ou pelo menos resumos). Portugal hoje goleou por 7-0 e festejei todos os golos no meio dos meus colegas. Saímos do restaurante e um desconhecido passa na estrada e buzina. Portugal alegra-se. Abomino as vuvuzelas mas emociono-me quando vejo o sorriso das crianças a serem entrevistadas nos bairros de lata nos subúrbios de Joanesburgo que dizem "Ronaldo" com um brilho nos olhos... É o principal golo deste Mundial em África... Já está ganho...

... E alguém se lembra de crises e guerras?

PS: Se Portugal não conseguir que vença a Argentina (ou a Inglaterra)... Tudo menos aqueles que vocês sabem... os dois...

sexta-feira, 18 de junho de 2010

"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara."

"Porque foi que cegámos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que veem, Cegos que, vendo, não veem” in Ensaio sobre a Cegueira

E morreu José Saramago.

sábado, 5 de junho de 2010

Twittadela no Blog III

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Portugueses by Marçal Grilo

- Têm pena de si próprios;

- Gostam de pertencer ao problema e não à solução.

- São invejosos do sucesso do outro.

- Uma parte da população acha que o sucesso tem mais a ver com sorte do que com trabalho.

Mais que nunca... tão realistas são estas palavras...

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Twittadela no Blog II

Espero que o Jorge Jesus tenha a noção que depois da publicidade que anda a fazer, se não ganhar a Liga dos Campeões vai ser alvo de chacota.

domingo, 23 de maio de 2010

Twittadela no Blog I

Aposto que daqui a três meses os nossos bancos não têm dinheiro para emprestar.
Podem chamar nomes ao Ulrich, mas desta vez parece-me que está a dizer a verdade.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Festival 8 ½ Festa do Cinema Italiano

"Lisboa vai ser invadida, pela terceira vez, pela bela e rica cultura italiana. A 8 ½ Festa do Cinema Italiano traz novidades e regressa mais cheia de tudo. Filmes e mais filme, claro, filmes que também vão a concurso, filmes em forma de documentário, festas, concertos e eventos sempre com cheirinho a Itália espalhados por toda a cidade, mostra de filmes de realizadores emergentes, e claro que não poderia faltar a presença da deliciosa comidinha Italiana. Filmes clássicos e contemporâneos, na língua mais sexy do mundo, com a mulheres mais belas e voluptuosas que alguma vez o cinema apresentou, com a energia quente, com os argumentos do simples e puro ao mais complexo. Um Dolce fare Niente em explosão de cultura." Fonte: Le Cool.

Já agora, e como achega, o Restaurante Gemelli associa-se à festa e na compra do bilhete para o cinema, oferece 10% de desconto no restaurante com a apresentação do mesmo.

Harvey Keitel Day

"Just Because You Are a Character, Doesn’t Mean You Have Character. E não é que o Mister Wolf faz 70 anos este ano? Como uma das caras duras do cinema mantém-se ainda rijo e disposto a servir de homenageado ao CinAlfama – o nosso núcleo de cinema preferido do puzzle de Alfama. Para arrancar projecta-se o Bad Lieutenant de Ferrara, servindo-se depois em palitando os dentes desta refeição cinéfila, o Cães Danados, primeira longa de Tarantino. Se tens de cruzar o emaranhado deste bairro para lhe render a devida vénia, força! Garanto que se demora meia-hora a chegar aqui – tu o farás em 5 minutos! Vá – o Mister White merece!"

Grupo Sportivo Adicense, Rua São Pedro 20, Alfama
Às 21h30
Gratuito

Fonte: Le Cool

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Estado da Nação


Tenho andado um pouco arredado da escrita… não sei se pelos festejos da vitória do Benfica no campeonato se por uma recorrente falta de inspiração, mas ao viver os últimos acontecimentos em Portugal, desde o roubo de gravadores a jornalistas por parte de um deputado até a uma entrevista de um Primeiro Ministro que parece que foi surpreendido pela crise Mundial, passando por um líder da Oposição que pede desculpa por… ter uma atitude responsável… bem meus caros, eu sei que não sou o principal amante de Portugal (e quanto mais viajo mais…) mas neste momento acho que a solução passa por emigrar…

Questionaram-me para onde… e eu… bem… acho que tenho aqui a solução.

Ao menos viveria de uma economia tradicional, não iria ter problemas em encontrar habitação, não haveria sistema de saúde, mas também com peixinho fresco todos os dias, quem necessitaria dos cuidados de um Garcia da Orta qualquer?

Alguém alinha?

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Tinhas talento para carteirista


Tentem imaginar o cenário:

Ricardo Rodrigues, deputado açoriano do PS, está a ser entrevistado pela revista Sábado numa sala do Parlamento. Em busca dos melhores ângulos de notícia, os jornalistas tentam abordar duas questões que não agradam ao seu interlocutor. Este reclama, diz que não quer falar do assunto e, como os jornalistas não desarmam, sai da sala.

Até aqui tudo bem. Não foi o primeiro e, certamente, não será o último a deixar que a mostarda lhe chegue ao nariz. Mas Ricardo Rodrigues não quis deixar a coisa por aí e levou consigo, surripiados quase de forma imperceptível, os gravadores dos jornalistas!

Espantado? Há melhor.

Depois de dar provas de ser dono da mão mais rápida do Oeste, o deputado quis ainda que não ficassem dúvidas sobre a sua imensa inteligência. Ou não... É que tudo isto estava a ser filmado para o site da Sábado, que obviamente não perdeu a oportunidade de fazer um brilharete com o vídeo.

Para ver aqui.

sábado, 1 de maio de 2010

Aguiar-Branco e o seu melhor discurso

"Uma organização morre, quando os de baixo não querem e os de cima já não podem" Lenine

Aqui

P.S - E não é que o senhor citou Rosa Luxemburgo, Sérgio Godinho e Lenine? Andará José Pedro Aguiar-Branco a encostar-se à esquerda?

quarta-feira, 28 de abril de 2010

O Delfim

Não sei se tiveram oportunidade de ler, mas a entrevista do Ângelo Correia à revista "Única" deste fim de semana explica bastante acerca da "nova" política do PSD por intermédio do PPC...

Leiam...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Faits Divers


O mais recente episódio da nossa Assembleia da República.

Assistir a uma sessão da AR equivale a uma tarde de circo. Vá lá, não lhe fez uns corninhos, como o outro.

Não Há Pequenos Almoços de Borla


Esta semana o DIAP deduziu uma acusação em que (segundo o DIAP) fica provado que o pequeno almoço e apoio do Luís Figo à recandidatura do Eng. José Sócrates foi “pago” com o contracto publicitário do Tagus Park.

Isto pode porventura cair em Tribunal. Pode… Mas cheira mal…

Confesso que sendo admirador das qualidades futebolísticas do Figo sempre o vi como alguém capaz de várias coisas por dinheiro. Esta foi porventura mais uma. A sua carreira foi feita de episódios mais ou menos como este, e ao ter lido no livro do José Veiga a rocambolesca contratação pelo Real Madrid do Figo, está tudo dito…

Este caso “Tagus Park” revela o sistema político / partidário / social no qual estamos inseridos. Os valores morais praticamente não existem e tudo é feito em troca de algo. Tudo.

O Papa vem a Portugal? Toca de dar tolerância de ponto aos funcionários públicos. Porquê? Não somos um Estado laico? Troca de favores com a Igreja?

Curiosamente nestes últimos dias vi dois documentários que atestam bem 2 realidades em que a moralidade é enviada às urtigas.

O “Pare, Escute e Olhe” do Jorge Pelicano mostra um retrato do país real através da problemática da “Linha do Tua”. Apesar de (e esse para mim é o principal erro do trabalho efectuado) não procurar o contraditório, o documentário tenta transmitir que existe uma conspiração para despovoar o interior e deslapidar o seu património natural e cultural de forma a serem realizadas obras que agradam aos grandes empreendedores (neste caso uma barragem da EDP que segundo a opinião de alguns técnicos entrevistados no documentário de pouco servirá para as necessidades energéticas de Portugal). Basicamente mostra imagens das pessoas a envelhecerem, sem meios de se deslocarem às maiores cidades da região para obterem bens essenciais e morrendo lentamente. A analogia feita com o trabalho de um coveiro é bruta e ao mesmo tempo genial.

Depois, o “Capitalism – A Love Story” do habitué Michael Moore. Com todo o “show-off” que o Moore geralmente emprega nos seus trabalhos existem ideias importantes. O Moore mostra as ligações promiscuas entre a Goldman Sachs e o departamento de Tesouro Norte Americano, a luta da estrangulada classe média e a esperança que tem em Barack Obama. Faz resenhas históricas que vão desde o Roosevelt ao Regan. E tenta provar que a galopante economia pós guerra dos EUA se deve em grande parte à destruição da máquina produtiva dos seus maiores rivais: a Alemanha e o Japão.

Qual a semelhança entre ambos?

Com as devidas diferenças, é mais uma vez a ligação entre o grande capital e o poder político. Em que todos os favores se pagam, em que as grandes empresas definem os programas dos governos consoante os seus interesses…

Ah, o Michael Moore diz também que há apenas uma arma para combater este mal: O poder de voto é individual... por enquanto.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Portugal... O "Next Global Problem"

Para ler com atenção o artigo publicado no NY Times...

Aqui.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Define: Pedofilia menos grave


"O Vaticano anunciou hoje que os casos de pedofilia na igreja Católica devem ser “sempre” comunicados às autoridades e nos casos mais graves o Papa pode destituir os padres acusados directamente dos seus cargos sem passar por um processo canónico."

Alguém me explica o que são casos de pedofilia menos graves? Eu até costumava ter boas notas a português, mas não consigo perceber esta frase.


Notícia no I

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Exclamação de Espanto

Como diz um amigo meu "chamar-lhes palhaços é insultar uma classe digna e trabalhadora"...

Para onde vai este Portugal?

A questão que se põe é...

... como apresentar uma imagem de credibilidade em tempos de crise financeira e económica?

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Morre lentamente

Morre lentamente quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajectos, quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu guru.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o negro sobre o branco e os pontos sobre os “is” em detrimento de um redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos, sorrisos dos bocejos, corações aos tropeços e sentimentos.

Morre lentamente quem não vira a mesa quando está infeliz com o seu trabalho, quem não arrisca o certo pelo incerto para ir atrás de um sonho, quem não se permite pelo menos uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.

Morre lentamente quem destrói o seu amor-próprio, quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente, quem passa os dias queixando-se da sua má sorte ou da chuva incessante.

Morre lentamente, quem abandona um projecto antes de iniciá-lo, não pergunta sobre um assunto que desconhece ou não responde quando lhe indagam sobre algo que sabe.

Evitemos a morte em doses suaves, recordando sempre que estar vivo exige um esforço muito maior que o simples facto de respirar. Somente a perseverança fará com que conquistemos um estágio esplêndido de felicidade.

Pablo Neruda

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Páscoa Feliz!


Dia das Mentiras by Ryanair



Ok, agora acho que já vi tudo.

Ontem à tarde, a Ryanair enviou um comunicado às redacções de todo o mundo a anunciar que iria proceder à instalação faseada de máquinas de venda automática nos seus aviões, o que lhe permitiria reduzir os custos e impulsionar as receitas. Disponíveis para compra pelos passageiros estariam produtos tão diversos como bebidas quentes e frias, sandwiches, snacks, gelados, preservativos e cigarros sem fumo.

Para além disso, a companhia disse ainda que as equipas da cabine de bordo seriam reduzidas de quatro para dois membros, passando estes a responsabilizar-se apenas pela encenação das regras de segurança e por verificar que todos os cintos estão apertado antes da descolagem e aterragem.

A manobra publicitária visava fazer notícia nos jornais desta manhã, com a empresa mais tarde a desmentir e apanhar toda a gente desprevenida com uma mentirinha de 1 de Abril.

Enquanto publico a correcção, não consigo evitar rosnar um pouco. Mas acham que não tenho mais nada pra fazer do que brincar ao dia das mentiras? Isto há cada um...

quarta-feira, 31 de março de 2010



No mais recente passo de aproximação à União Europeia, de cujos subsídios precisa desesperadamente para relançar a economia, a Sérvia apresentou publicamente desculpas pelos acontecimentos de Srebrenica, em Julho de 1995.
Poucos meses antes da assinatura dos acordos de Dayton, que puseram fim à guerra fratricida de 1991-1995, o enclave entraria nos anais da História pela execução de milhares de bósnios muçulmanos, naquele que foi considerado o maior massacre desde a Segunda Guerra Mundial.


Este é um passo que envergonha a Sérvia e que colhe pouco consenso, tanto no seio do Parlamento como nas ruas. Vastos números de cidadãos sérvios ainda hoje negam responsabilidade sobre Srebrenica, sobre Bihac e sobre tantos outros episódios infelizes da região. Mas, para além disso, há quem ache que as desculpas não devem vir só de um lado. Como advoga um grande amigo sérvio - e com a minha total concordância - “podem ter sido os sérvios a abrir as hostilidades, mas não estiveram sozinhos nelas e não foram os únicos a errar”.

Depois desta declaração pública de culpa, seria positivo ver também um mea culpa dos restantes envolvidos no conflito.

No caso particular de Srebrenica, gostava de ver nem que fosse um pequenino das Nações Unidas. A UNPROFOR, a força responsável pela administração da área segura de Srebrenica, falhou rotundamente na sua missão e permitiu que mais de 8.000 jovens bósnios fossem literalmente chacinados quando o enclave caiu sob domínio sérvio. Enquanto isso, os capacetes azuis recuavam para Tuzla, sem terem sequer tentado defender o território que supostamente guardavam - disparar tiros de aviso e foguetes de sinalização não conta. Para os homens e rapazes de Srebrenica, com idades entre os 15 e os 60 anos, de nada serviu a presença dos holandeses que, sob os auspícios das Nações Unidas, defendiam a zona (supostamente) desmilitarizada.

Quanto ao conflito em geral, é preciso não esquecer que, para além de Ratko Mladic, houve também um Ante Gotovina, croata e também ele indiciado por crimes de guerra pelo Tribunal Penal Internacional. A 5 de Agosto de 1995, uma data que a Croácia consagra como feriado nacional, foi a vez de as forças croatas ganharem o controlo da região de maioria sérvia da Krajina. Repetiram-se as perseguições, as execuções, os incêndios e demais actos que nos envergonham a todos e que merecem também um sentido pedido de desculpas.

Resumindo e baralhando, ao contrário do que é opinião geral, os sérvios não são os únicos culpados deste conflito e não são os únicos que devem ser pressionados a reconhecer os seus erros.

Quando terminei a licenciatura, pensei fazer uma investigação sobre a forma como os media desenham verdadeiras personagens, de contornos firmes e definidos, usando a diabolização dos sérvios como case study. Mas disseram-me que estava mais para tese de mestrado do que para de licenciatura. Talvez um dia decida fazer um mestrado…

Notícia no Público

Nota da redacção: falar sobre os Balcãs e não transformar o texto numa tese de mestrado... isso, sim, foi um parto complicado. :)
Saudades de Sarajevo

terça-feira, 30 de março de 2010

A Single Man


As primeiras impressões que me traçaram deste filme foi que era um filme demasiado parado. Pensei logo “ora ai está um bom filme para não se ver durante a semana ou numa sexta”. No entanto acabei por o fazer. E em boa hora.
O realizador Tom Ford é um estilista. Não é um realizador. A sua principal ligação ao cinema foi o guarda roupa do Quantum of Solace (um dos piorzinhos Bonds que me lembro) e estaria a anos luz de pensar que seria o realizador de um dos melhores filmes que vi nos últimos tempos.

“A Single Man” é um exercício de realização brutal. Uma primeira cena brutal, uma última cena brutal, e pelo meio, a que para mim é a melhor cena do filme, uma corrida em desespero do protagonista (o enorme Colin Firth) em que apenas se ouvem pingos de chuva.

Todo o filme tem planos fantásticos, mudanças de cor, tentativas de exprimir emoção através da imagem. Volto a repetir: é um exercício de realização brutal.

Quanto à sinopse… Bem… Um casal homossexual nos anos 60 em Los Angeles separado por um acidente de automóvel que fatalmente vitíma o parceiro de George Falconer (Colin Firth). Este professor de inglês decide terminar a sua vida, por não aguentar a perda do companheiro. No entanto no dia que o decide fazer vive vários episódios, tanto com a sua melhor amiga Charley (Julianne Moore), como com possíveis novos amores. O “twist” final é fantástico e talvez inesperado.

Brilhante interpretação quer do Colin Firth (ao qual estou mais habituado a ver em comédias românticas estilo Mamma Mia, Love Actually ou Bridget Jones) quer da Julianne Moore. Acerca da realização já disse tudo: fantástica.

Daqueles filmes em que fico até ao fim… prestando homenagem à ficha técnica.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Dedo na ferida - A liberdade de imprensa na Madeira



Crónica de Luís Calisto, director do DN Madeira, sobre o grave estado da liberdade de imprensa na ilha. Depois de tanta conversa sobre a alegada tentativa de domínio dos media por José Sócrates, não deixa de ser engraçado colocar tudo em perspectiva.


Aquilo é um polvinho
Continentais dizem deter o recorde de agressões aos media. Que tal virem à Madeira?


O 'polvo' que estupora o panorama nacional dos media pode vir a proporcionar uma grande caldeirada. Porém a verdade é que ainda não passa de um polvinho. Um projecto de monstro alimentado por suspeitas, indícios, diz que disse, escutas publicadas às prestações, hipóteses, interpretações subjectivas, leituras partidárias tendenciosas, acusações e desmentidos, episódios e desculpas esfarrapadas.

Portugal está em choque. Exige-se - e muito bem - esclarecimento cabal das acusações expressas de que havia um plano do governo de José Sócrates para tomar conta da comunicação social. Havia um plano. Que acontecerá naquele Continente se um dia se comprovar que o plano já resultou, como na Madeira?

A Face Oculta mostra indícios fortes de que Sócrates queria ver a PT, através da Ongoing, comprar a TVI, a fim de o governo se ver livre de Manuela e seu Jornal Nacional e do chefão Eduardo Moniz. Escândalo badalado no País, como é mais do que natural. Mas... e se Sócrates, mais do que querer, já tivesse comprado a TVI, alimentando-a com dinheiros públicos e proibindo a estação de divulgar a opinião de políticos não PS, reservando toda a antena para quem obedece ao regime rosa, tal como Jardim faz aqui com o Jornal da Madeira, dispensando-se de guardanapo? Fizesse-o Sócrates e o País estaria hoje em situação de guerra civil.

Por ora, o que passa um pouco além da suspeita é que Sócrates esteve na origem do cancelamento de um noticiário semanal, o "Nacional" da sexta-feira de Manuela Moura Guedes. Levantaram-se protestos mais do que justos em todas os quadrantes da vida portuguesa. Mas imaginemos que, em lugar de um só noticiário semanal, Sócrates decidia fechar por inteiro um órgão de comunicação com mais de 130 anos e para isso usava todos os meios financeiros públicos necessários e todos os métodos ilegais, exactamente como Jardim faz na Madeira, no seu projecto assumido de levar o Diário de Notícias à falência? Ou então, de que grau na escala de Richter seria o terramoto na capital se Sócrates ameaçasse expropriar um jornal? Foi o que Jardim fez relativamente ao Diário, aliás com todo o País a ouvir.

José António Saraiva do 'Sol' e a 'Sábado' atribuiram aos desígnios de Sócrates a interferência governamental nos jornais, através da redução de publicidade institucional nos órgãos incómodos e do aumento nos mais 'amigos'. A ERC, e muito bem, logo chamou os autores da denúncia para saber o que se estava a congeminar. Então... e se, mais do que a tentativa de usar a publicidade como castigo ou prémio, o governo de Sócrates tivesse mesmo cortado há mais de dez anos os anúncios oficiais a um órgão para os canalizar todos ao jornal da sua cor, tal como faz na Madeira o dr. Jardim? Que, além de negar publicidade ao Diário para a entregar ao JM, e ainda intimidar nos discursos públicos os empresários que anunciam no Diário, mandou que todos os órgãos públicos cortassem a assinatura do DN, incluindo escolas. Sócrates, que com toda a lógica paga já pelo atrevimento da 'tentativa de interferência', onde já não andaria se chegasse ao cúmulo que Jardim pratica nesta Região, com dinheiros públicos!

Que aconteceria naquela Lisboa e arredores se Sócrates resolvesse governamentalizar o DN de lá até 99% do capital, injectar-lhe uma fortuna diariamente, e depois, apesar do crescendo assustador do passivo, torná-lo gratuito e agravar ainda mais as despesas com o aumento da tiragem e alargamento desenfreado da distribuição, tudo com a ambição de fechar os que não domina? Como reagiriam Correio da Manhã e Público, por exemplo, e quantos dias mais aguentaria Sócrates no poder? Pois é essa situação que existe na Madeira, sem tirar nem pôr, e bem à vista de todos.

Sócrates foi acusado, neste final de semana, de andar a gizar uma tramóia tendo em vista controlar o DN-Lisboa, o JN-Porto e a TSF. Com essa 'bomba', o 'Sol' vendeu duas ou três edições no mesmo dia. Os leitores, com toda a naturalidade, quiseram conhecer o escândalo por dentro. Mas vamos que o 'Sol', mais do que contar uma história ilustrada com frases soltas extraídas das escutas, confirmava com letras garrafais umas diligências concretas de Sócrates para mudar directores e sanear jornalistas, como se tem visto na Madeira de há anos para cá, com sucesso em alguns casos?

Sócrates foi criticado por atacar Manuela Moura Guedes - e muito bem criticado, pela falta de respeito e pelo menoscabo com que tratou uma profissional da informação, como legitimamente se realçou na altura. E se Sócrates fizesse como o sr. Jardim, que calunia, insulta e enxovalha diariamente os jornalistas com epítetos de corruptos, traidores, comunas, súcias, fascistas, tolos, incapazes, incultos, vingativos, desonestos, gente reles, mentes recalcadas, bastardos, exóticos, incumpridores de estatutos editoriais, ralé que não toma banho? E as jornalistas de vendidas, descompensadas, sovaqueiras...? Que seria de um Sócrates cavalgando tal paradigma?

É claro - dirá algum leitor continental -, é claro que se Sócrates ou sátrapa mais bem pintado se atrevesse a tanto no Continente, sairia muito maltratado da refrega. O governo tem uma Constituição para respeitar. O patibular Cavaco Silva, que em tempos não lia jornais nem olhava de frente para os jornalistas, mas isso quando era primeiro-ministro de centro-direita, o 'homem do leme' puxaria da Constituição para fazer cumprir o texto de 1976. Sem vacilar, demitiria o candidato a ditador. E com todo o apoio nacional. Mas mesmo afectado por indícios e meras suspeições, Sócrates não está livre de cair. Quanto mais se repetisse as ilegalidades tornadas banais na Madeira!

Pois. Cá para a parvónia é que não há Constituição a cumprir. O Presidente da República tem a queixa do Diário nas mãos e, quando veio cá, elogiou a "obra" de Jardim (obra da Madeira Nova que por acaso está a ser derretida pela chuva, tirando aeroporto e algumas vias rápidas). Quanto ao resto, Cavaco pediu paciência, já que "isto está perto do fim". Ou seja, vivamos em estado de sítio, sem Constituição, até ver, e não rebusquemos embaraços que desenterrem o "Sr. Silva".

ERC, Jaime Gama, Almeida Santos, Manuela Ferreira Leite, Paulo Rangel, PS e oposição nacional, todos têm conhecimento do estado da comunicação social insular. Mas vivem entretidos com o 'polvinho' que brinca no Mar da Palha e no lago de Entrecampos. Preferem fingir que ignoram o polvão de braços longos e viscosos que sufoca a liberdade de informar na Madeira. Esse molusco predador que há 30 anos usa as medonhas ventosas para se alimentar a si próprio e a seus validos, que continua a turvar a vista dos Madeirenses cobrindo a babugem com a sua sinistra tinta camuflante.

Solidarizemo-nos com as vítimas continentais das escandalosas suspeições. Aquilo vai tão mal por lá em matéria de atentados ao jornalismo que o próprio Jardim desabafou à porta do Conselho Nacional PSD, escandalizado com a falta de respeito pela liberdade de imprensa no Continente: "Num País com a tradição democrática como a Inglaterra, Sócrates já não era primeiro-ministro." Ninguém nos contou esta declaração. Ouvimo-la na rádio.

Luís Calisto

sexta-feira, 26 de março de 2010

Bush...no seu melhor!

Bush limpa a mão à camisa de Bill Clinton, após cumprimentar um haitiano.

Confessemos: já tinhamos saudades das gaffes deste senhor!

Aqui.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Facebook já é doença?

Claro que é doença, basta ver os nomes dos grupos que o pessoal cria: "Grupo dos Benfiquistas que querem ir à lua com o Barbas", por exemplo.
Já para não falar da minha timeline, inundada de mensagens iguais às de um mês atrás. Beijinhos, prendinhas, biscoitinhos.
Pronto, agora que já disse mal do Facebook, já me podem mandar com fruta podre... daquela da quinta...

terça-feira, 23 de março de 2010

Health... we can believe in


Quando pela primeira vez fui “apresentado” à história de Barack Obama fiquei conquistado.
As origens humildes, as acções comunitárias em Chicago e toda a retórica que advogava tornavam-no especial.

Uma “pedrada no charco” american way.

De outsider perante a favorita Hillary Clinton até à 44ª presidência Americana foi um passo.

Obama, contra todos os prognósticos iniciais tornou-se presidente. E o discurso da Esperança substituiu os “bushismos” dos anos anteriores. E uma esponja passou pela justificação da guerra no Iraque.
Obama transmitiu serenidade e paz aos povos. Apesar de não retirar as tropas do Iraque (como prometera) recebeu um Nobel da Paz. Polémico. No entanto procurou sempre promover o diálogo, inclusive com o Irão. E a sua administração não evitou apontar o dedo a Israel na questão dos Colonatos. Algo impensável anos atrás.

Penso que o maior problema de Obama é (e será) tentar “mexer” com demasiados interesses instalados. E quem (como eu) viu a comédia “The Distinguished Gentleman” sabe do que estou a falar. É mais que uma paródia. É uma sátira ao sistema político americano.

Adiante…

Esta semana Obama teve a sua primeira grande vitória. Conseguiu um sistema de saúde mais justo para os americanos. Isto obviamente diz-nos pouco. Estamos habituados a um (que não é perfeito e tem falhas mas…). Os americanos não. Quem tem Seguro de Saúde tem os cuidados garantidos. Quem não tem… (já agora e na “onda” cinéfila aconselho o “Sicko” do Michael Moore para melhor perceber o que digo)

Obama venceu. Os Americanos venceram. Fiquei contente. Mesmo com a distância que nos separa. Física e Culturalmente.

Liberdade de Imprensa (?)

E não é que de vez em quando, o Miguel Sousa Tavares até diz coisas acertadas e num tom assertivo?


"(...) a maior e mais real ameaça à liberdade de imprensa (...) é o tipo de jornalismo que hoje se faz e que é ditado, primeiro que tudo, pela necessidade de vender informação e conquistar audiências a qualquer preço. Os célebres conteúdos que tanto movem os novos patrões da imprensa, são ditados exclusivamente pela vontade de obter lucros e não pelo desejo de prestar um serviço público de informação e formação (...) Ninguém pergunta à Ongoing ou à PT para que querem eles ter uma televisão ou um jornal, quais os seus pregaminhos, o seu curriculo, as suas intenções em matéria jornalística." (Expresso)



Histórias como as do Leandro ou Face Oculta, são apenas mais uns exemplos flagrantes da falta de ética jornalística em nome de um conceito chamado Interesse Público que ninguem sabe definir. De facto, quem deve ditar o que é Interesse Público? O que é, de facto, isso do Interesse Público?


A Comunicação Social enforma, manipula e concorre, sem dúvida, ao pódium dos Grandes Poderes. Para mim, já lá está. Basta olhar, ver e reparar.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Isto está mau...

... está mau para quem não quer fazer nada!!!

Em janeiro sobraram 19 mil vagas nos centros de emprego

terça-feira, 16 de março de 2010

No Name Rangel

Estes Sarrafeiros são tramados

Que grande moral...

... dizerem que os ciganos têm alojamento "deplorável".


Alerta para alojamento "deplorável" de ciganos em Portugal

Quanto vale uma vida?

Aqui.

domingo, 14 de março de 2010

Já me começo a sentir um bocado asfixiada


"O congresso extraordinário do PSD alterou hoje o regime de sanções internas e medidas disciplinares a aplicar a militantes do partido, passando a penalizar as críticas ao líder do partido como uma infracção grave.

A alteração estatutária foi aprovada com o voto favorável de 352 delegados e contra de 76, enquanto 102 delegados optaram pela abstenção."


In Jornal de Negócios

Fico contente por perceber que o PSD é um partido cujos militantes valorizam a livre circulação de ideias e opiniões. Ainda bem que é daqui que vai, muito provavelmente, sair o nosso próximo primeiro-ministro.

E agora, se me dão licença, vou só ali comprar uma garrafinha de oxigénio!

segunda-feira, 8 de março de 2010

And The Oscar Goes To... *




A Lista pode ser consultada aqui.

Não posso dizer que me sinto surpreendido. O filme que apontei como favorito foi o grande vencedor da noite. "The Hurt Locker" recebeu 6 estatuetas, vencendo o duelo com o "Avatar" (remetido para 3 em categorias técnicas).

Uma grande vitória do Cinema Independente.

Confesso que não vi (ainda) grande parte dos filmes mas também apontava o Christoph Waltz como vencedor do melhor actor secundário (era demasiado injusto caso não o vencesse... e conseguiu).

De resto, como ainda não vi a performance nem da Sandra Bullock nem do Jeff Bridges, deixo essas análises para mais tarde...Ou em caso de conhecimento de causa, para qualquer um de vocês.


* ou algo semelhante

domingo, 7 de março de 2010

K!

Alguém se lembra desta brilhante publicação dos anos 90, sob alçada do Miguel Esteves Cardoso?


sexta-feira, 5 de março de 2010

São os chamados "suissinhos"

Aqui

Ok Go



Não conhecia os Ok Go mas parece que os senhores já são conhecidos pelos seus vídeos. Nada comparado com a instalação que montaram para o vídeo do seu mais recente single, This Too Shall Pass.
A música nem é má.

Leya...



... ou deixem ler...

quarta-feira, 3 de março de 2010

Ich bin ein Berliner

É a primeira vez que escrevo acerca de viagens para o nosso espaço. E é um prazer escrever acerca de Berlim.

Berlim é daquelas cidades que já há alguns anos que desejava visitar. Ouvia relatos do ambiente da cidade, das diferenças entre a parte Oriental e Ocidental, dos resquícios do “Império Soviético”, do culto da velha “DDR” e sobretudo de uma cidade vibrante, que à semelhança de Nova York (dizem), nunca dorme.

Berlim foi uma surpresa. Das boas. E foi uma surpresa porque o primeiro impacto não foi favorável. Chegámos numa quinta feira com um céu cor de chumbo. O aeroporto de Tegel parecia um postal dos anos 80. Pequeno e com uma arquitectura distante. Quadrada. Apanhado o Bus para o nosso destino (Alexanderplatz) viajámos por ruas cinzentas e de aspecto frio. Gelo negro acumulava-se nos passeios. Fruto do frio e da poluição automóvel. Saímos em Alexanderplatz e uma curta viagem a pé separava-nos do nosso hotel, no Mitte. Coração da velhinha Berlim Leste. Os semáforos chamavam a atenção. O Ampelmaennchen (merece uma visita à wikipédia) é uma das imagens de culto da cidade.

Após abandonarmos o Hotel, um almoço na zona. O sítio escolhido foi o “Der alte Fritz” na Karl-Liebknecht-Straße. Um restaurante tipicamente alemão. Bom. E não muito caro (Berlim, diz-se, é das cidades mais baratas da Alemanha). Destaco o som ambiente. Grandes êxitos dos… anos 80. Depois, a caminho da estação de Alexanderplatz e do nosso ponto de encontro: o pub Brauhaus Mitte. Em frente à estação e à imponente torre Berliner Fernsehturm. Hoje um miradouro panorâmico.

Depois de uns dedos de conversa já acompanhados do restantes amigos que por um pouco de toda Europa ocidental se tinha juntado a nós (ok, a justificação da viagem foi o Hertha-Benfica), a deslocação para o Olímpico de Berlim e o jogo propriamente dito. Foram os 90 minutos mais aborrecidos que passei em Berlim. No entanto o Estádio é imponente. Uma obra arquitectónica impressionante. Um empate sem grande sabor e rapidamente decidimos onde iríamos jantar… Um restaurante português em Berlim: o “Casa Algarvia” na Goethestraße. Peixe grelhado, uma viagem de táxi para o hotel (com um taxista simpático que apesar de apenas falar alemão nos mostrava os monumentos pelo caminho, com destaque para a Berliner Siegessäule e a Brandenburger Tor .

O primeiro dia estava completo. E já tinha uma imagem completamente diferente da cidade daquele primeiro impacto. Berlim começava a fascinar-me.

O dia seguinte começou mais tarde do que o esperado. Abandonámos o Hotel apenas por volta das 10h e com o nosso plano estava traçado fomos descendo a Karl-Liebknecht-Straße e procurámos um sitio para o pequeno almoço. Escolhemos um pequeno café nas arcadas da Estação. Bolas de Berlin obviamente. Começamos depois a visita “turística” da cidade. A Berlin Rathaus (a Câmara Municipal) ficava nas imediações. Metemos os pés na neve que prenchia o que porventura é um bonito jardim à sua frente.

Continuámos a descer a Unter den linden tendo como ponto de chegada a Brandenburger Tor. Provavelmente o mais conhecido monumento da cidade. Pelo caminho a Universidade, a ilha dos Museus, a Catedral de Berlim e o Rio Spree. Gelado. Bonecos de neve num largo perto do rio. E apesar do frio (apenas frio, porque raramente choveu) muita gente andava pelas ruas. E muitos turistas também. Perto da Brandenburger Tor a animação do costume. Artistas de rua trajando fardas militares (americanas ou soviéticas) procuravam os estrangeiros para as fotos da praxe. Passámos as arcadas. Virámos à esquerda. O destino era a Potsdamer Platz e o Sony Center.

Passámos o imponente memorial do Holocausto à nossa esquerda. Um complexo jardim feito de blocos de cimento de diferentes tamanhos em forma de lápide. Tentam representar um enorme cemitério dos 6 milhões de judeus vitimas do Holocausto. Chegámos à Potsdamer Platz e vimos pedaços do muro expostos. Alguns funcionários (municipais?) envergavam coletes e prestavam informações aos turistas. Descobrimos o Sony Center. E o Festival de Cinema de Berlim ocupava quase todo o destaque dessa fantástica obra de arquitectura futurista.

Almoçamos fast food. Tinha de ser. Apanhámos a StresemannStraße e NiederkirchnerStraße. Chegámos à ZimmerStraße e a uma exposição ao ar livre intitulada: “Topographie des Terrors”. Fotos e documentação de horrores da II Guerra Mundial dispostos em enormes placards num jardim onde anteriormente fora o Quartel General das SS e da Gestapo. Colada ao jardim está uma fachada do Muro que nunca foi removida (a segunda maior de Berlim, depois da East Side Gallery).

Avançámos para o “mítico” Check Point Charlie. Curiosamente esta zona não está vedada ao trânsito, e os carros podem circular livremente num dos pontos historicamente mais interessantes da anterior divisão da cidade. A zona é dominada por pequenas lojas de “souvenirs” e bancas que vendem memórias da DDR. Além da pequena estrutura do Check Point, saltam à vista a torre metálica com fotos de dois militares que estavam de serviço no dia em que o Muro caiu. Um soviético outro americano. Cada um virado estrategicamente para o lado “inimigo”.

Apanhámos a FriedrichStraße (uma importante artéria comercial) e voltámos à Unter den linden. Sempre a pé. O ponto seguinte seria o Brauhaus Mitte. Juntámo-nos aos nossos amigos e o destino seguinte era o bairro de Köpenick. O objectivo? Um jogo da segunda Bundesliga: FC Union Berlin vs Koblenz. Saimos na estação do S-Bahn (comboio) e fizemos algumas centenas de metros até ao Alte Försterei Stadium. Estádio bastante antigo mas funcional. Ambiente de festa. As habituais bratwurst e as canecas de cerveja acompanhavam. Ficámos na zona “mais quente” dos adeptos locais. O jogo terminou 3-2 para a equipa local. Foram 90 minutos muito mais emocionantes que o jogo do dia anterior. Excelente atmosfera nas bancadas e pela primeira vez vi um jogo arbitrado por uma mulher. Numa divisão profissional da Alemanha. Sintomático…

Voltamos a Berlim pelo S-Bahn. Decidimos o nosso local de jantar: o Ständige Vertretung junto à estação de FriedrichStraße. Alguns minutos de espera e a nossa mesa. O restaurante tinha um ambiente excelente, decorado por diversas fotos de políticos alemães (a história diz que era um dos locais favoritos desta classe na anterior capital Bonn, e foi “expandido” para Berlim quando esta se tornou capital da Alemanha unificada). Todos ficámos surpreendidos pela positiva com o espaço. A comida era excelente e o ambiente acolhedor. Mais uma vez o preço não descambou e aconselho a uma visita. Podem é ter de aguardar um pouco para mesa. É um espaço popular. Para locais e turistas.

O primeiro dia “a sério” de Berlim estava terminado.

No dia seguinte a manhã acordou solarenga. O dia ideal para subir à Berliner Fernsehturm. E vislumbrar toda a cidade. Após deixarmos as malas nos cacifos da estação de Alexanderplatz e do pequeno almoço fomos para a torre. E a primeira surpresa desagradável. As filas eram enormes. Compramos o bilhete (10,50 €) e aguardámos cerca de 40 minutos até ser a nossa altura de subir. Subido o elevador chegamos à cúpula da torre. Como o dia era de sol foi possível observar toda a cidade. A torre tem uma altura de 368m, sendo que a cúpula para as visitas está a 204m do solo. É possível verificar as diferenças arquitectónicas entre ambas as partes da cidade e essa é a principal curiosidade da visita. E a "banda sonora"? Adivinharam... Clássicos dos 80.

Descemos e decidimos ir à BernauerStraße. O objectivo era ver pedaços do muro ainda no seu estado “bruto”. Acompanha o muro uma exposição de cartoons (em alemão e inglês) com relatos engraçados de habitantes de Berlim de aventuras nessa altura. Alguns são de ir às lágrimas. Excelente.

Apanhámos o U-Bahn (metro) e voltámos à Brandenburger Tor. Mais umas fotos da praxe e um dos artistas de rua (que falava umas palavras em português) proporcionou-nos (por 2€) uma das “souvenirs” mais engraçadas da cidade: uma antiga folha de passaporte da DDR com os vistos. A data era a da nossa visita.
Passamos as arcadas e virámos à direita. O objectivo era visitar o Reichstag, mas as enormes filas (enormes mesmo…) fizeram-nos desistir. Apanhámos um autocarro (esqueci-me de referir, o passe diário em Berlim custa 6€ e dá para todos os transportes) e fomos para a zona do Kurfurstendamm. Mais cosmopolita. No entanto ainda vimos uma igreja destruída pelas bombas dos aliados na II Guerra Mundial que continua com fachadas em pé, retratando o período da guerra.

Percorremos as ruas. Procurámos um local para almoçar e acabámos num pequeno restaurante de “pasta” numa das ruas transversais a esta enorme avenida. Com algum tempo para “gastar” porque não uma visita aos arredores? Assim decidimos. U-Bahn até Zittadelle em Spandau. Foi interessante a visita, mas acredito que esta fortaleza do renascimento seja mais interessante no verão. Não demos o tempo como perdido. Visitámos o centro da cidade e voltámos a Berlim. Desta vez de S-Bahn.

Havia alguns problemas com as ligações de comboio, e então decidimos voltar a sair em FriedrichStraße, percorrer esta avenida e a Unter den linden até ao ponto de encontro do costume. Depois, junto com os nossos amigos voltámos a jantar na zona.

Escolhemos (e bem) o Mutter Hoppe, nas arcadas junto à Rathaus. O restaurante foi uma experiência interessante. Ficava numa cave mas parecia uma casa com as suas divisões originais, sendo cada uma delas uma sala de jantar (o hall de entrada era o Bar). Mais uma vez foi uma excelente refeição e uma noite bem passada. Apenas um dos elementos do staff se destacou pela negativa. Continuamente afirmando que a gorjeta na Alemanha era 10% da conta. Acabou por ficar com zero. Paciência.

Após o jantar a noite ainda estava a começar. Como a nossa opção fora não pernoitar no hotel a última noite, já que tínhamos de estar no aeroporto de Tegel por volta das 6h, o objectivo era encontrar algum sitio para passar as horas que faltavam até ao nosso autocarro (por volta das 5h). Percorremos as ruas nas traseiras da Rathaus até encontrar um bar que um dos nossos amigos tinha referenciado. Ficamos por lá um par de horas.

Depois, de volta a Alexanderplatz e a um dos mais bizarros espaços nocturnos onde estive. Uma discoteca techno debaixo da linha do S-Bahn junto à estação. O som era techno puro e duro. Agressivo. Mas naquele momento e com o avançar das horas (e o frio na rua) era o local mais agradável para se estar (isto porque não sabia que o MacDonald’s local estava aberto 24h). Após umas horas decidimos sair, comer algo na zona (correcto… no Mac) e apanhar o Bus para o Tegel. E assim foi. Depois de pequenos atrasos nos voos estávamos de volta a Lisboa.

Fomos recebidos por uma chuvada enorme… coisa que em Berlim nunca vimos.

Conquistou-me esta cidade. Sobretudo pela alma que transborda. Mas isso é daquelas coisas que apenas se consegue viver e nunca transmitir. Visitem Berlim. É uma agradável surpresa. E vale muito a pena. Parece uma viagem no tempo... Acreditem.

E Fotos? Bem... podem ver algumas por aqui.

segunda-feira, 1 de março de 2010

"O Poeta do Piano"


Há dois séculos nascia um dos maiores compositores da nossa história: Fryderyk Chopin. Vale a pena ouvir.

Aqui.

Luzes, câmara...acção?

Hoje o Público decidiu avançar com uma notícia online que dá conta do estado da democracia perante os olhos do eleitorado. "Bateu no fundo", dizem eles, dizemos nós, o eleitorado. Um estudo que apresenta, também ele, soluções, pois bem.

"A votação em lista semifechada. Um sistema misto, com um círculo nacional e listas regionais. Por outras palavras, o eleitor votaria no partido na lista nacional, mas poderia optar também por votar num determinado candidato. O que obriga os partidos a um esforço suplementar nas suas escolhas. Tanto que, no estudo os inquiridos reclamaram uma maior participação na escolha dos deputados."

Uma solução que não satisfaz uma mudança efectiva no que concerne à escolha dos nossos representantes. Em que mudaria mesmo? Ah sim..."maior participação na escolha dos deputados"...Será que algum dia irão fazer um referendo relativamente ao número de deputados no Parlamento? É que queria mesmo era diminuí-los...Isso sim seria uma prática sustentável.

Portanto, mais um estudo que custou milhares e que nos dá uma grande novidade. É certo e sabido que a existência de casos, suposta corrupção, supostos favores, deficiente gestão e falta de seriedade política concorrem para que os índices de credibilidade na nossa democrácia sejam tão baixos. É uma democracia popular, com visibilidade e notoriedade. Claro que é. mas não é credível. Faltam valores a essa plêiade.

A ética e a transparência parecem valores distantes e embora muitas entidades procurem cada vez mais em palavras como desenvolvimento sustentável, responsabilidade social, uma bóia de salvamento, tal não passa justamente disso: uma estratégia de diferenciação num mercado altamente competitivo. Assim vai a política. Assim vai a sociedade.

Mais do que um problema exclusivamente político, temos um problema cultural, social, educacional. Nós, sociedade, formamos, enformamos e elegemos aqueles que serão os nossos representantes que são, por sua vez, "construídos" à nossa imagem e semelhança. Portanto, meus senhores, comecemos pela estrutura, pela base e não pelo topo! Demasiados estudos, demasiada teoria e pouca prática!!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Descubra as diferenças


Caras lindas do meu coração, ando com muito pouco tempo para escrever, no entanto estas imagens obrigaram-me a roubar cinco minutos ao meu dia para as partilhar convosco.
Eu sei que já não podem ouvir falar do temporal na Madeira, mas estas imagens de facto acrescentam qualquer coisa, muito mais que a incansável busca de cadáveres feita pelos media na ilha. Não acreditam? Vejam a capa da Visão. Triste jornalismo.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Em casa de ferreiro


Confesso que nunca tive especial admiração por este senhor. Quando via imagens na TV acerca da situação em Timor-Leste sempre achei que o José Ramos-Horta, o representante das FRETILIN no Exílio, era o que se tinha "posto ao fresco" enquanto os outros continuavam barbudos e sujos nas montanhas a lutar (quase quase a letra dos "Resistência").

Após a independência, juntamente com um Nobel da Paz, o percurso do José Ramos-Horta foi sempre a subir na política timorense. Hoje é o Presidente da Républica. Acordo ali com a Austrália e aqui com a China e de repente o Ramos-Horta esqueceu-se do que passou o povo de Timor Leste e profere declarações como estas.

Fantástico.

Como é possivel...


... sairmos desta mediocridade em que nós os portugueses estamos metidos, quando já há pessoas na ilha da Madeira, a tentar fazer uma remodelação sua à casa, recorrendo aos fundos para a catástrofe da ilha da Madeira, sem que tenha tido qualquer dano resultante da catástrofe?

Cada vez mais acho o texto do post Chico-Espertice Portuguesa o mais acertado.

Não se pode culpar nem o Governo da Republica, nem o Governo Regional, nem o poder local, nem o Presidente da Republica, nem a justiça, nem as finanças, nem os bancos, nem os seguros.

Isto sim, é a capacidade muito acima do normal, que nós os portugueses temos, em montar esquemas e contornar as regras. Não temos a mínima hipótese de sairmos da nossa cantinho de mediocridade à beira mar plantado!

Triste sina a nossa!!!

Faltam-nos causas, meus senhores!



Orlando Zapata Tamayo, um opositor e prisioneiro político cubano, tinha 42 anos e estava desde o início de Dezembro em greve de fome. Durante 85 dias, protestou contra o tratamento recebido na prisão e tentou que lhe fosse concedido o estatuto de "prisioneiro de consciência" pelo regime castrista.

A luta acabou ontem, com Tamayo a morrer literalmente de fome.

Nunca tinha ouvido o nome desde senhor, mas a notícia tocou-me. Parece que neste mundo ainda há pessoas capazes de morrer por causas e causas pelas quais vale a pena morrer. Às vezes penso que o nosso problema é mesmo esse - não temos nada que nos inflame o espírito e perdemos demasiado tempo com banalidades.

Numa altura em que tanto se fala de ataques democracia, à liberdade de expressão, à liberdade de imprensa e a outras liberdades que tais, vale a pena pôr as coisas em perspectiva. É que há quem não fale em nada disso... porque não pode.

Notícia aqui.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010


Lembram-se da conversa sobre a necessidade de se evitar uma excessiva dramatização do cenário das contas públicas nacionais, para não assustar as empresas e as agências de ratings?

Que tal vos parecem estes comentários assaz responsáveis?

"A verdade é que, não tendo nós os mesmos números da Grécia, estamos rigorosamente no mesmo caminho. E, portanto, a evolução do nosso endividamento, a evolução do nosso défice das contas públicas está exactamente no mesmo caminho que está a Grécia", declarou a presidente do PSD, durante uma conferência promovida pela Câmara de Comércio Luso Francesa, em Lisboa.

"Isto é: não façamos nada e daqui a dois anos estamos com estatísticas tão más ou piores do que a Grécia", acrescentou Ferreira Leite.


In Diário Económico

Por alguma razão lhe chamavam Manuela Azeda o Leite no Contra Informação…

Quando o verniz estala...


A notícia aqui.

Autoridades disto e daquilo...



Existe um conjunto de entidades públicas que eu gostava de saber a sua real função. Normalmente a missão destas entidades é de, segundo as próprias, fiscalizarem e agirem em conformidade sobre os operadores nas suas áreas de intervenção. Temos como exemplo a Autoridade Nacional de Comunicações(ANACOM), ou a Alta Auto Autoridade para a Comunicação Social, ou o Banco de Portugal!!!

Estas entidades em vez de fiscalizarem, com uma atitude pró-activa, ficam enfiados nos seus luxuosos escritórios, à espera que os operadores das suas áreas de intervenção metam a pata na poça, para depois agirem em conformidade.

Ora vejamos. Uns meses atrás tive um desaguisado com um operadora de comunicações móveis, em que decidi apresentar uma reclamação com o conhecimento de várias entidades:a própria operadora, a DECO e a ANACOM.
Tanto a operadora como a DECO responderam que estavam a acompanhar o caso e que em breve eu iria ser contactado(como fui), para resolvermos o problema. A resposta da ANACOM foi no mínimo hilariante. "Não podemos fazer nada, mas se houver algo comprovadamente errado... avisem-nos para nós irmos lá e cobramos a multa". Ou seja, eu teria que ter o trabalho e custos todos para que a ANACOM de seguida fosse cobrar uma multa que ira encher os seus cofres.Segue parte da resposta da ANACOM:

"...No entanto, não tem esta Autoridade, de acordo com a lei, poderes para conciliar, mediar ou resolver conflitos entre os utilizadores e os prestadores de serviços. Se, com base numa reclamação, forem detectados indícios de infracção à lei por parte do prestador de serviços, isso dará lugar a um procedimento que poderá culminar na aplicação, pela ANACOM, de uma sanção a esse prestador. Tal, porém, não resolverá o conflito que motivou a reclamação, nem imporá ao prestador de serviços quaisquer obrigações para com o reclamante, nomeadamente de indemnização dos prejuízos eventualmente sofridos..."

Conclusão a ANACOM apenas serve para centralizar o dinheiro das multas dos operadores da sua área de intervenção, mas sem mexer uma palha.

Bem agora podíamos falar das outras Autoridades, como o Banco de Portugal, mas isso fica para um outro post.



No fundo, fico com a sensação que a única Autoridade que faz realmente o seu trabalho é a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica - ASAE, e curiosamente é a mais criticada!