Lembram-se da conversa sobre a necessidade de se evitar uma excessiva dramatização do cenário das contas públicas nacionais, para não assustar as empresas e as agências de ratings?
Que tal vos parecem estes comentários assaz responsáveis?
"A verdade é que, não tendo nós os mesmos números da Grécia, estamos rigorosamente no mesmo caminho. E, portanto, a evolução do nosso endividamento, a evolução do nosso défice das contas públicas está exactamente no mesmo caminho que está a Grécia", declarou a presidente do PSD, durante uma conferência promovida pela Câmara de Comércio Luso Francesa, em Lisboa.
"Isto é: não façamos nada e daqui a dois anos estamos com estatísticas tão más ou piores do que a Grécia", acrescentou Ferreira Leite.
In Diário Económico
Por alguma razão lhe chamavam Manuela Azeda o Leite no Contra Informação…
Que tal vos parecem estes comentários assaz responsáveis?
"A verdade é que, não tendo nós os mesmos números da Grécia, estamos rigorosamente no mesmo caminho. E, portanto, a evolução do nosso endividamento, a evolução do nosso défice das contas públicas está exactamente no mesmo caminho que está a Grécia", declarou a presidente do PSD, durante uma conferência promovida pela Câmara de Comércio Luso Francesa, em Lisboa.
"Isto é: não façamos nada e daqui a dois anos estamos com estatísticas tão más ou piores do que a Grécia", acrescentou Ferreira Leite.
In Diário Económico
Por alguma razão lhe chamavam Manuela Azeda o Leite no Contra Informação…
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6 exclamadores:
Será melhor dizer "O país está de tanga!" ou "estamos mal mas vamos dar a volta"?
Será que se eu tiver dinheiro para investir será que devo investir num país de tanga ou um que o governo transmite vontade melhorar?
Se olharmos para o exemplo no futebol, temos o SCP em que um presidente disse que o clube estava falido e precisava de vender património urgentemente. E vendeu... ao desbarato. Resultado tem um imóvel, o complexo Alvalade XXI, em sub rendimento.
Do outro lado da 2ª circular temos um clube, que para vos ser sincero não sei qual a sua saúde financeira, mas pelo que vejo tem o conjunto de edifícios completamente concecionados o que demonstra grande aproveitamento, e isto sem colocar o clube em saldos com discurso catastróficos.
Concordo em género, numero e grau contigo Carlita.
A Nelita e as pérolas da sua avó mais a teoria do casamento para a procriação. Adoro o seu pensamento avant-garde!
Apesar de serem declarações que não apelam à confiança, em relação às agências de ratings ela tem razão, limitam-se a prever através dos elementos existentes e esses não são bons.
Eu acho que o grande problema da Nelita é estar a sentir-se velha e gasta. Quer sair com alguma dignidade, mas só se enterra.
Joli,
As agências de ratings são as mesmas que, em vésperas da falência do Lehman Brothers, diziam que tudo estava bem. São as mesmas que diziam que os empréstimos de alto risco que deram início a isto tudo eram seguros. Portanto, valem o que valem.
O grande problema é que as opiniões que emitem são cruciais para a avaliação que os mercados fazem da nossa economia e da nossa capacidade de cumprir os nossos compromissos financeiros.
O risco é de que isto se transforme numa profecia que se cumpre a si mesma. Ou seja: os nossos políticos alimentam a ideia de que estamos na miséria e criam um clima de instabilidade para a governação -> as agência baixam-nos a recomendação e fazem com que os mercados exijam juros mais altos pelas nossas obrigações -> juros mais altos significam mais dinheiro a sair dos cofres do Estado. A páginas tantas, por tanto dizerem que estamos em crise, entramos realmente na miséria, com contas maiores e mais dificuldades para que nos emprestem dinheiro.
Neste momento, a crise não é maior em Portugal do que nos restantes países europeus. Aliás, há outros que estão bem piores, como o Reino Unido, com a diferença de que este, por não estar na Zona Euro, pode usar mecanismos de que nós não nos podemos socorrer.
Fartámo-nos de gastar dinheiro para evitar que a crise económica fosse ainda mais grave e conseguimos travar a derrapagem. É natural que agora tenhamos um défice gigante devido ao esforço. O que é preciso é que deixemos de nos vitimizar e adoptemos um discurso de um pouco mais responsável. Como dizia o Antero, a estória da tanga não nos leva a lado nenhum. Além de que, bem dizia o Teixeira dos Santos à Judite de Sousa, Portugal já provou antes que é capaz de reduzir défices excessivos e, por isso, é preciso ter alguma fé.
Para terminar, acho apenas que um partido que esteja disposto a pôr em perigo a nossa sustentabilidade para depois se armar em salvador da pátria é necessariamente um partido de mentecaptos.
PS. Chiça, este comentário ficou do tamanho d buraco orçamental :)
Não há problema... O António Preto arranjará uma mala de fundos para resolver o nosso problema económico :-)
Carlita, voto em ti :)
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