sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Descubra as diferenças


Caras lindas do meu coração, ando com muito pouco tempo para escrever, no entanto estas imagens obrigaram-me a roubar cinco minutos ao meu dia para as partilhar convosco.
Eu sei que já não podem ouvir falar do temporal na Madeira, mas estas imagens de facto acrescentam qualquer coisa, muito mais que a incansável busca de cadáveres feita pelos media na ilha. Não acreditam? Vejam a capa da Visão. Triste jornalismo.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Em casa de ferreiro


Confesso que nunca tive especial admiração por este senhor. Quando via imagens na TV acerca da situação em Timor-Leste sempre achei que o José Ramos-Horta, o representante das FRETILIN no Exílio, era o que se tinha "posto ao fresco" enquanto os outros continuavam barbudos e sujos nas montanhas a lutar (quase quase a letra dos "Resistência").

Após a independência, juntamente com um Nobel da Paz, o percurso do José Ramos-Horta foi sempre a subir na política timorense. Hoje é o Presidente da Républica. Acordo ali com a Austrália e aqui com a China e de repente o Ramos-Horta esqueceu-se do que passou o povo de Timor Leste e profere declarações como estas.

Fantástico.

Como é possivel...


... sairmos desta mediocridade em que nós os portugueses estamos metidos, quando já há pessoas na ilha da Madeira, a tentar fazer uma remodelação sua à casa, recorrendo aos fundos para a catástrofe da ilha da Madeira, sem que tenha tido qualquer dano resultante da catástrofe?

Cada vez mais acho o texto do post Chico-Espertice Portuguesa o mais acertado.

Não se pode culpar nem o Governo da Republica, nem o Governo Regional, nem o poder local, nem o Presidente da Republica, nem a justiça, nem as finanças, nem os bancos, nem os seguros.

Isto sim, é a capacidade muito acima do normal, que nós os portugueses temos, em montar esquemas e contornar as regras. Não temos a mínima hipótese de sairmos da nossa cantinho de mediocridade à beira mar plantado!

Triste sina a nossa!!!

Faltam-nos causas, meus senhores!



Orlando Zapata Tamayo, um opositor e prisioneiro político cubano, tinha 42 anos e estava desde o início de Dezembro em greve de fome. Durante 85 dias, protestou contra o tratamento recebido na prisão e tentou que lhe fosse concedido o estatuto de "prisioneiro de consciência" pelo regime castrista.

A luta acabou ontem, com Tamayo a morrer literalmente de fome.

Nunca tinha ouvido o nome desde senhor, mas a notícia tocou-me. Parece que neste mundo ainda há pessoas capazes de morrer por causas e causas pelas quais vale a pena morrer. Às vezes penso que o nosso problema é mesmo esse - não temos nada que nos inflame o espírito e perdemos demasiado tempo com banalidades.

Numa altura em que tanto se fala de ataques democracia, à liberdade de expressão, à liberdade de imprensa e a outras liberdades que tais, vale a pena pôr as coisas em perspectiva. É que há quem não fale em nada disso... porque não pode.

Notícia aqui.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010


Lembram-se da conversa sobre a necessidade de se evitar uma excessiva dramatização do cenário das contas públicas nacionais, para não assustar as empresas e as agências de ratings?

Que tal vos parecem estes comentários assaz responsáveis?

"A verdade é que, não tendo nós os mesmos números da Grécia, estamos rigorosamente no mesmo caminho. E, portanto, a evolução do nosso endividamento, a evolução do nosso défice das contas públicas está exactamente no mesmo caminho que está a Grécia", declarou a presidente do PSD, durante uma conferência promovida pela Câmara de Comércio Luso Francesa, em Lisboa.

"Isto é: não façamos nada e daqui a dois anos estamos com estatísticas tão más ou piores do que a Grécia", acrescentou Ferreira Leite.


In Diário Económico

Por alguma razão lhe chamavam Manuela Azeda o Leite no Contra Informação…

Quando o verniz estala...


A notícia aqui.

Autoridades disto e daquilo...



Existe um conjunto de entidades públicas que eu gostava de saber a sua real função. Normalmente a missão destas entidades é de, segundo as próprias, fiscalizarem e agirem em conformidade sobre os operadores nas suas áreas de intervenção. Temos como exemplo a Autoridade Nacional de Comunicações(ANACOM), ou a Alta Auto Autoridade para a Comunicação Social, ou o Banco de Portugal!!!

Estas entidades em vez de fiscalizarem, com uma atitude pró-activa, ficam enfiados nos seus luxuosos escritórios, à espera que os operadores das suas áreas de intervenção metam a pata na poça, para depois agirem em conformidade.

Ora vejamos. Uns meses atrás tive um desaguisado com um operadora de comunicações móveis, em que decidi apresentar uma reclamação com o conhecimento de várias entidades:a própria operadora, a DECO e a ANACOM.
Tanto a operadora como a DECO responderam que estavam a acompanhar o caso e que em breve eu iria ser contactado(como fui), para resolvermos o problema. A resposta da ANACOM foi no mínimo hilariante. "Não podemos fazer nada, mas se houver algo comprovadamente errado... avisem-nos para nós irmos lá e cobramos a multa". Ou seja, eu teria que ter o trabalho e custos todos para que a ANACOM de seguida fosse cobrar uma multa que ira encher os seus cofres.Segue parte da resposta da ANACOM:

"...No entanto, não tem esta Autoridade, de acordo com a lei, poderes para conciliar, mediar ou resolver conflitos entre os utilizadores e os prestadores de serviços. Se, com base numa reclamação, forem detectados indícios de infracção à lei por parte do prestador de serviços, isso dará lugar a um procedimento que poderá culminar na aplicação, pela ANACOM, de uma sanção a esse prestador. Tal, porém, não resolverá o conflito que motivou a reclamação, nem imporá ao prestador de serviços quaisquer obrigações para com o reclamante, nomeadamente de indemnização dos prejuízos eventualmente sofridos..."

Conclusão a ANACOM apenas serve para centralizar o dinheiro das multas dos operadores da sua área de intervenção, mas sem mexer uma palha.

Bem agora podíamos falar das outras Autoridades, como o Banco de Portugal, mas isso fica para um outro post.



No fundo, fico com a sensação que a única Autoridade que faz realmente o seu trabalho é a Autoridade para a Segurança Alimentar e Económica - ASAE, e curiosamente é a mais criticada!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Eu não quero influenciar, mas...


Parece que o "meu" favorito para os Oscar's é cada vez mais favorito...

Nos BAFTA foi assim.

Sinais de Fogo, a sequela

O nosso Ricardo já se debruçou um pouco sobre os momentos mais quentes da entrevista e estou, no geral, de acordo com o que disse, pelo que faço minhas as palavras dele e avanço para uma questão concreta. Inaugure-se um tag novo e falemos de economia.

Tal como já foi aqui sublinhado, Sócrates mostrou estar à vontade com os números e soube responder com clareza e convicção às perguntas de um Sousa Tavares a quem faltou alguma bagagem neste dossier. Sobretudo, o nosso primeiro-ministro conseguiu deixar no ar a nota de serenidade e confiança de que o país necessita. Numa altura em que estamos sob o apertado escrutínio da Europa e do mundo, é importante ter um chefe de governo que saiba desdramatizar e inverter o sentimento de pânico que se tem gerado em torno das nossas contas públicas e que pode assustar o tecido empresarial até um ponto em que não haja investimento, criação de riqueza e dinamização do mercado laboral. Ponto para Sócrates.

Para além disso, é preciso agradar também às agências internacionais de ratings, cujos comentários incendiários sobre a situação económica de Portugal levaram ainda há duas semanas (se a noção de calendário não me falha) a que o custo de assegurar a dívida soberana portuguesa fosse equiparado ao do Cazaquistão! Como se isto tivesse algum fundo de justiça. Os mercados ficaram com mais medo de comprar as obrigações do Tesouro português e isso faz com que tenhamos mais dificuldades em refinanciar e lidar com a dívida pública. Aquilo de que não precisamos mesmo é que os mercados comecem a desconfiar de nós, tal como está a acontecer neste momento com a Grécia, e nos obriguem a pagar juros mais elevados em cada emissão de dívida.

Trocando por miúdos, é como se fôssemos ao banco pedir um empréstimo mas as nossas finanças familiares fossem algo duvidosas. O banco empresta na mesma, mas cobra um juro altíssimo devido ao risco de incumprimento das prestações, o que nos dificulta ainda mais o orçamento lá de casa. É um daqueles casos em que não basta termos capacidade de lidar com as nossas finanças, mas é preciso convencer também os outros disso. Como acontece com a mulher de César: não basta ser, é preciso parecer. Também aqui, Sócrates teve a postura correcta.

E, realmente, olhando friamente para os números, não mentiu. Os principais indicadores em causa - défice orçamental e dívida pública - estão em linha com os dados dos demais países da OCDE e da Zona Euro. O lamaçal de que se fala está um pouco por todo o lado e a enxurrada ainda não chegou verdadeiramente à economia real.

Se para as empresas o abrandamento do consumo foi desastroso, a verdade é que para quem conseguiu manter o emprego as coisas até melhoraram: os juros dos empréstimos desceram, a inflação dos preços ao consumidor travou a fundo, os incentivos ao consumo permitiram-nos comprar casas e carros mais baratos… Medo tenho eu de quando começarmos a crescer e já não houver necessidade de manter os estímulos à economia. Aí, sim, preparem-se para ver o que custa equilibrar as contas públicas.

Mas adiante. Também nesta entrevista ficou patente que Sócrates é um homem que pensa mais além. É preciso travar o défice e reduzir a dívida, é certo, mas há diferentes formas de o fazer. O famigerado TGV, que tanta fervura tem levantado, é uma forma, quanto a mim inteligente, de criar emprego e riqueza, ao mesmo tempo que se fortalece o país na luta contra o nosso estado periférico em relação à Europa. Para um país que retira boa parte do seu crescimento das exportações, isto é essencial. E quem diz TGV diz aeroportos, portos, estradas e demais infra-estruturas que nos coloquem um pouco mais perto dos nossos parceiros económicos.

Bem me lembro de ser pequena e ouvir os graúdos constantemente queixar-se de que Cavaco só sabia fazer estradas e auto-estradas. No entanto, são essas estradas que hoje permitem que uma encomenda saia do Porto de Lisboa e chegue rapidamente ao Algarve ou a outro qualquer extremo do país. Sem vias à altura, tenho a impressão de que Portugal ainda continuaria a parecer-se com uma versão envergonhada da Aldeia da Roupa Branca.

Outro dos cavalos de batalha de Sócrates é a modernização das nossas fontes energéticas, que é como quem diz, as energias renováveis. O nosso Portugal à beira mar plantado tem vento, tem rios e tem marés, mas continua a aproveitar muito pouco disto e a fazer-se refém do petróleo. Se não começarmos a aproveitar os recursos hoje, amanhã vamos chegar à conclusão de que nos atrasámos e ainda acabamos a comprar energia aos espanhóis enquanto deixamos que a brisa (e não falo da concessionária de auto-estradas) nos passe ao lado.

Ora, a isto se chama investimento público. E em tudo isto se gasta dinheiro cujos frutos podem não ser integralmente colhidos a curto prazo. Mas a longo prazo, seremos mais modernos e mais fortes para competir num espaço que é cada vez menos o do nosso quintal.

Por tudo isto, ratifico a avaliação do Ricardo de que temos homem com fôlego para a legislatura completa e acrescento que esta entrevista me deixou um bocadinho mais confiante de que não terei de ir à procura do cartão de eleitor tão cedo.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Sinais de Fogo a golear...


Quando soube que o primeiro convidado do Miguel Sousa Tavares no seu novo programa da SIC era o primeiro ministro José Sócrates pensei logo: "Que grande golo".

Ter Sócrates em "prime-time", que todos os jornais e redacções queriam ouvir neste momento, é a primeira grande vitória da SIC e do seu novo "ponta de lança" acabadinho de chegar no mercado de inverno.

Vi o programa com atenção. Achei o genérico um pouco do estilo "eu sou o MST e amo-me". Mas não vou apreciar um programa de jornalismo puro pelo seu genérico e analisando o programa como um todo achei positivo.

A primeira parte foi dedicada a três temas que são caros para o próprio MST: o Segredo de Justiça, os Hospitais e o novo Aeroporto de Lisboa. Acompanho as crónicas do MST no Expresso há bastante tempo para saber o que podia esperar. Faltaram os contentores de Alcântara e os direitos dos fumadores ou dos caçadores. No entanto foram apresentados factos e números. E em nenhum dos assuntos ouso em discordar do jornalismo efectuado. Factual e transparente.

A segunda parte teve então o convidado da noite. Aposta forte. José Sócrates himself. Notou-se o respeito que o MST tem pelo Primeiro Ministro (respeito esse que é óbvio nas já citadas crónicas. Foi contundente... ao seu estilo. Mas nunca deselegante. Fez todas as perguntas que devia saber e tocou em todos os assuntos menos no Freeport (foi curiosamente Sócrates que falou no caso.

Começou pela Madeira. E fiquei com a sensação que os trágicos acontecimentos que aconteceram na Ilha vão acabar por ser uma bóia de salvação para Sócrates e uma âncora para Teixeira dos Santos. MST questionou o PM acerca dos Projectos de Interesse Nacional (os PIN são outro ódio de estimação do MST) e de dois exemplos: um centro comercial na Madeira e um centro logístico em Castanheira do Ribatejo construídos em leito de cheia. Se no segundo caso o PM safou-se bem à questão, acerca do primeiro nada se ouviu. MST ignorou e seguiu em frente.

Falou-se do apoio do Luís Figo ao PS e do contracto que celebrou com o Taguspark que alegadamente servia como pagamento de favores. Sócrates desmentiu que ambos os factos tivessem uma ligação. Assumiu uma postura feroz de defesa da sua honra chegando ao ponto de "posso falar também em nome do Luís Figo". Notou-se o incómodo que toda a situação teve no PM.

Depois o caso PT e as escutas que saltaram para os Jornais. Sócrates esteve constantemente a dizer que o facto das escutas serem públicas era ilegal e que não as queria comentar de forma a não pactuar com isso. MST realista afirma que apesar de concordar com o PM não se pode "fazer de conta" que os factos não existem. Contundente. O PM ainda afirmou que não existe qualquer escuta entre ele e Armando Vara, que o Rui Pedro Soares foi director na PT durante 5 anos antes de ser administrador (contrariando a tese que foi lá posto pelo Governo como administrador) e que a responsabilidade das palavras "escutadas" é de quem as proferiu. Apesar do incómodo (novamente notório) não esteve mal. Agora é difícil de acreditar que nada sabia dado o negócio ser de conhecimento de tanta gente da sua esfera política. Provavelmente será um daqueles assuntos que morrerá. Sócrates defendeu-se com o julgamento jurídico do Supremo e da PGR. E legalmente não deixa de ter razão. Moralmente é outra questão... Assumiu o desgaste de imagem que todos estes casos lhe provocam,mas não teve medo de pegar no Freeport ou na Licenciatura de forma a citar casos anteriores em que a Justiça assumiu que em nenhum tinha beneficiado. O facto é esse.

Do abortado negócio da PT para o Jornal de Sexta da TVI. Sócrates recusou-se a responder se lhe agradou o fim do Jornal (a resposta era demasiado óbvia, mas percebe-se a recusa). No entanto ainda assumiu que o programa não era jornalismo. Era um ataque político. Das poucas vezes que vi o Jornal de Sexta não posso deixar de concordar.

Quando a entrevista deu um salto para o domínio económico, Sócrates esteve bem. Mostrou um domínio dos números (lembram-se do Guterres?) e demonstrou uma confiança que não esteve presente na primeira parte da sua intervenção. Comparou o nosso défice com o da Zona Euro e o da OCDE e ainda citou o prémio Nobel da Economia Paul Krugman que defende o investimento público com a frase"o Défice salvou o Mundo". Francamente bem o PM nesta fase.

Fiquei com a ideia final que Sócrates está para durar a totalidade da legislatura. Pelo menos se dele depender. E está com vontade para governar. Resta saber se o consegue...

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Tiger, esquece lá isso

Após meses de silêncio, Tiger Woods convocou uma conferência de imprensa e veio esta tarde, perante os milhares de pessoas que assistiram às declarações, pedir desculpa por um comportamento impróprio. Em causa está a sua suposta dependência de sexo e os inúmeros casos extraconjugais que manteve ao longo dos anos.

As palavras de autocomiseração - "É difícil admitir que preciso de ajuda, mas é assim mesmo" -, a postura de vergonha com que se apresentou - "Fui infiel, mantive casos e enganei. O que fiz não é aceitável e sou o único culpado" -, tudo aquilo me meteu um imenso nojo e me tresandou a circo mediático da pior espécie.

Não querendo medir a envergadura do seu arrependimento, questiono-me sobre a necessidade de trazer uma questão que é meramente particular para a praça pública. Assisti às declarações na CNBC e fiquei completamente siderada quando ouvi um dos apresentadores defender que Tiger deveria ter vindo desculpar-se em público há muito tempo e que devia uma explicação aos seus seguidores.

Bolas, as desculpas que ele deve são à mulher e, convenhamos, não deve haver muita gente no mundo que possa legitimamente apontar-lhe o dedo por ter sido infiel.

Fez-me especial confusão o ar condoído de Tiger Woods, como se carregasse às costas o peso de mil mundos. Como se a traição à mulher o transformasse num ser desprezível e sem moral, um verme rastejante que não merece viver e deve carregar para sempre o estigma da vergonha. Em bom português se diz: é preciso ter lata!

Traiu, e isso não é bonito, mas que atire a primeira pedra quem nunca errou. Há mesmo necessidade de fazer disto um acontecimento tão relevante para a humanidade como o massacre de Srebrenica?

E, já agora, para os defensores do argumento de que Tiger é um herói nacional e tem a responsabilidade de dar bons exemplos às crianças que o admiram, vejam lá bem se não é pior exemplo arrastar pela lama mediática o nome da mulher do que proteger a sua dignidade e resolver o caso entre as paredes do lar. Há coisas que é como dizia a minha sábia avó: quanto mais lhes mexes, mais mal cheiram.

E só para terminar, também gostava imenso de saber o que é isso de se ser viciado em sexo. Será que há indicadores científicos que definem o número de vezes que alguém pode praticar o acto por dia? Então e se ultrapassar esse índice do amor só uma vez ou duas no dia dos namorados, deve o prevaricador ir inscrever-me nos sexólicos anónimos? E com que critérios chegaram a este número? Será que ter muitos orgasmos ao longo da vida nos faz mal à saúde, ou ficamos só com os olhos tortos?

Ou será que andamos (outra vez) a tentar rotular de comportamento desviante tudo aquilo que não compreendemos? Assim de repente, lembro-me de já termos andado a queimar mulheres na fogueira e de querermos “curar” homossexuais porque a coisa nos metia espécie.

Moral do post: E meterem-se na vossa vida, não? Chiça!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Mais pão e circo...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

World Press Photo 2010 - Os vencedores

De todos os meios de expressão, a fotografia é o único que fixa para sempre o instante preciso e transitório
Henri Cartier-Bresson


2º Prémio na Categoria Temas Actuais: Girafa morta pela seca no Quénia, Stefano de Luigi (Itália)


And the Winner...are....

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Invictus


Esqueçamos por momentos a nova "dentadura" do Morgan Freeman. Esqueçamos do bronze plástico do Matt Damon . Esqueçamos as imagens digitais nos estádios (sobretudo as da final no "mítico" Ellis Park de Johannesburg). E esqueçamos também do expoente máximo em termos de realização do Clint Eastwood, que para mim é o "Cartas de Iwo Jima".

Esqueçamos tudo isso e entremos no Invictus...

A história (baseada em factos reais, o que para mim influencia sempre na escolha de um filme) é simples. Um recém empossado presidente Nelson Mandela (Freeman) vê no campeonato mundial de Rugby (o desporto de excelência da minoria branca e símbolo do apartheid) a realizar na África do Sul (em 1995) uma oportunidade de ouro para reconciliar uma nação dividida. O seu "braço direito" nesta tarefa acabará por ser o capitão dos Springboks (a equipa nacional de rugby): François Pienaar (Damon). Uma equipa sem grandes possibilidades de vencer as melhores equipas do mundo é consagrada numa final frente aos todo-poderosos All Blacks da Nova Zelândia lideradas por essa força da natureza (e quem percebe alguma coisa de rugby sabe o que digo) : Johan Lomu.

A narrativa tem imensos planos de bairros miseráveis, da prisão de Robben Island, da libertação de Mandela por ordem do presidente De Klerk, imagens de arquivo dos principais momentos em que dura a história, de pequenos momentos de conflito racial e sobretudo de sorrisos de pequenas crianças pobres.

Não atinge o brilhantismo das "Cartas de Iwo Jima", mas também não se pode pedir a um génio 2 obras primas.

"Invictus" vale a pena.Sobretudo para quem como eu viveu aquelas imagens pela TV e se lembra do presidente Mandela com o polo dos Springboks na célebre final...

Há aventuras assim...

...que nos fazem pensar em pendurar o fato.

Completamente a propósito de nada

Só porque me apetece partilhar com o mundo esta minha pequena alegria matinal:

Tenho de trabalhar este feriado, é verdade, mas deixem-me dizer-vos que fazê-lo com o portátil no colo enquanto me enrosco por entre os lençóis da cama ainda quente, tem outro nível. Oh, se tem!!

Um bom dia para todos os desgraçados que partiham da minha triste sina de não conhecer feriados. Saudades da velhinha Bolsa de Valores de Lisboa, que fechava para feriado e não andava a reboque das modernices da Euronext.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

TMN, provavelmente o pior anúncio de sempre.

Ok, talvez este título seja um pouco exagerado, mas não deixa de ser um dos piores anúncios televisivos que já tive oportunidade de ver. A voz, o conceito, a música, o produto… argh!

 

Mea Culpa, ou, como os jornalistas estão cada vez mais desleixados

Esta manhã, enviei a um amigo uma notícia retirada do Diário Económico, que dava conta de que o afamado restaurante El Bulli iria encerrar portas de vez. Pouco tempo depois, era este meu amigo quem me enviava a resposta, deixando surpreendida alguém que faz vida da informação, do cruzamento das fontes e da confirmação dos factos.

Afinal, o El Bulli não vai dar por finda a sua saga gastronómica e trata-se apenas de mais desses casos em que uma mentira repetida se transforma em verdade. Ou quase. Ao que parece, um tal Andrew Ferren, que escreve para o blog Diner’s Journal do New York Times, lançou o boato e ele foi rapidamente difundido por tudo quanto era jornal, blog e quejandos da Internet. (Para os interessados, saibam que o restaurante vai encerrar durante um tempo, sim, mas para se renovar e pesquisar novos sabores.)


Lembro-me disto a propósito de uma discussão que tive há pouco tempo na redacção. Tratava-se de fazer, ou não, um press pick up de uma notícia acerca da Galp e uns supostos projectos na Venezuela. A coisa envolvia jazidas de petróleo e, a ser verdade, tinha potencial para causar umas belas oscilações no preço da acção. Mas, a coisa fez-me espécie e decidi esperar até conseguir falar com alguém da Galp para confirmar, ou desmentir, a notícia.

No entanto, houve quem discordasse, sob o argumento de que estaríamos apenas a reproduzir a notícia que outros tinham dado e que não viria daí mal ao mundo. Ou seja, a responsabilidade não era nossa, mas sim de quem a veiculou primeiro - um pouco como fazem as crianças quando são apanhadas e apontam sempre o dedo ao menino do lado.

Ora, reproduzir uma notícia de outros sem pelo menos tentar confirmá-la é o mesmo que espalhar aos quatro ventos que o El Bulli vai fechar sem outras fontes que não um colunista do NY Times. O resultado foi que a Galp desmentiu categoricamente a notícia. Ainda bem que nesse dia não andei a enganar os investidores só porque alguém disse que alguém disse.

Corremos à velocidade da luz, o que nem sempre nos deixa espaço para passar a pente fino todas as informações, mas acho que devemos pelo menos ter o pudor de confirmar as gordas.

Posto isto, apresento as minhas desculpas ao Joli por, nem que seja por um bocadinho, lhe ter abalado a existência com uma notícia que não me dei ao trabalho de confirmar. Mea culpa, mea maxima culpa!

PSD... PS... CDS...

Comem todos...

Então e agora?

Chico-Espertice Portuguesa

Este texto foi escrito por Eduardo Prado Coelho numa crónica que tinha no Público há alguns anos.

"A crença geral anterior era de que Santana Lopes não servia, bem como Cavaco, Durão e Guterres. Agora dizemos que Sócrates não serve.
E o que vier depois de Sócrates também não servirá para nada. Por isso começo a suspeitar que o problema não está no trapalhão que foi Santana Lopes ou na farsa que é o Sócrates.

O problema está em nós. Nós como povo Nós como matéria prima de um país. Porque pertenço a um país onde a ESPERTEZA é a moeda sempre valorizada, tanto ou mais do que o euro. Um país onde ficar rico da noite para o dia é uma virtude mais apreciada do que formar uma família baseada em valores e respeito aos demais.

Pertenço a um país onde, lamentavelmente, os jornais jamais poderão ser vendidos como em outros países, isto é, pondo umas caixas nos passeios onde se paga por um só jornal E SE TIRA UM SÓ JORNAL, DEIXANDO-SE OS DEMAIS ONDE ESTÃO.

Pertenço ao país onde as EMPRESAS PRIVADAS são fornecedoras particulares dos seus empregados pouco honestos, que levam para casa, como se fosse correcto, folhas de papel, lápis, canetas, clips e tudo o que possa ser útil para os trabalhos de escolados filhos ....e para eles mesmos.

Pertenço a um país onde as pessoas se sentem espertas porque conseguiram comprar um descodificador falso da TV Cabo, onde se frauda a declaração de IRS para não pagar ou pagarmenos impostos.
- Onde os directores das empresas não valorizam o capital humano.
- Onde há pouco interesse pela ecologia, onde as pessoas atiram lixo nas ruas e, depois, reclamam do governo por não limpar os esgotos.
- Onde pessoas se queixam que a luz e a água são serviços caros.
- Onde não existe a cultura pela leitura (onde os nossos jovens dizem que é muito chato ter que ler) e não há consciência nem memória política, histórica nem económica.
- Onde os nossos políticos trabalham dois dias por semana para aprovar projectos e leis que só servem para caçar os pobres, arreliar a classe média e beneficiar alguns.

Pertenço a um país onde as cartas de condução e as declarações médicas podem ser 'compradas', sem se fazer qualquer exame.
- Um país onde uma pessoa de idade avançada, ou uma mulher com uma criança nos braços, ou um inválido, fica em pé no autocarro, enquanto a pessoa que está sentada finge que dorme para não lhe dar o lugar.
- Um país no qual a prioridade de passagem é para o carro e não para o peão.
- Um país onde fazemos muitas coisas erradas, mas estamos sempre a criticar os nossos governantes.
- Quanto mais analiso os defeitos de Santana Lopes e de Sócrates, melhor me sinto como pessoa, apesar de que ainda ontem corrompi um guarda de trânsito para não ser multado.
- Quanto mais digo o quanto o Cavaco é culpado, melhor sou eu como português, apesar de que ainda hoje pela manhã explorei um cliente que confiava em mim, o que me ajudou a pagar algumas dívidas.

Não. Não. Não.
Já basta.

Como 'matéria prima' de um país, temos muitas coisas boas, mas falta muito para sermos os homens e as mulheres que o nosso país precisa. Esses defeitos, essa 'CHICO-ESPERTERTICE PORTUGUESA' congénita, essa desonestidade em pequena escala, que depois cresce e evolui até se converter em casos escandalosos na política, essa falta de qualidade humana, mais do que Santana, Guterres, Cavaco ou Sócrates, é que é real e honestamente má, porque todos eles são portugueses como nós, ELEITOS POR NÓS. Nascidos aqui, não noutra parte... Fico triste. Porque, ainda que Sócrates se fosse embora hoje, o próximo que o suceder terá que continuar a trabalhar com a mesma matéria prima defeituosa que, como povo, somos nós mesmos.
E não poderá fazer nada... Não tenho nenhuma garantia de que alguém possa fazer melhor, mas enquanto alguém não sinalizar um caminho destinado a erradicar primeiro os vícios que temos como povo, ninguém servirá. Nem serviu Santana, nem serviu Guterres, não serviu Cavaco, nem serve Sócrates e nem servirá o que vier.

Qual é a alternativa?

Precisamos de mais um ditador, para que nos faça cumprir a lei com a força e por meio do terror?
Aqui faz falta outra coisa.
E enquanto essa 'outra coisa' não comece a surgir de baixo para cima, ou de cima para baixo, ou do centro para os lados, ou como queiram, seguiremos igualmente condenados, igualmente estancados....igualmente abusados!

É muito bom ser português.
Mas quando essa portugalidade autóctone começa a ser um empecilho às nossas possibilidades de desenvolvimento como Nação, então tudo muda...
Não esperemos acender uma vela a todos os santos, a ver se nos mandam um messias.

Nós temos que mudar.
Um novo governante com os mesmos portugueses nada poderá fazer.
Está muito claro...
Somos nós que temos que mudar.
Sim, creio que isto encaixa muito bem em tudo o que anda a acontecer-nos.

Desculpamos a mediocridade de programas de televisão nefastos e, francamente, tolerantes com o fracasso. É a indústria da desculpa e da estupidez. Agora, depois desta mensagem,francamente, decidi procurar o responsável, não para o castigar, mas para lhe exigir (sim, exigir) que melhore o seu comportamento e que não se faça de mouco, de desentendido.
Sim, decidi procurar o responsável e ESTOU SEGURO DE QUE O ENCONTRAREI QUANDO ME OLHAR NO ESPELHO.

AÍ ESTÁ.
NÃO PRECISO PROCURÁ-LO NOUTRO LADO.

E você, o que pensa?.... MEDITE!"
EDUARDO PRADO COELHO - in Publico

Alguem falou em "Ruptura" ?


"Não tenho medo de si. Felizmente, a liberdade para fazer política no PSD não está dependente da sua vontade" - Pedro Passos Coelho dixit

Se dependesse de mim... O PSD já tinha candidato a Primeiro Ministro...

O árbitro

Se há coisa que me deixa fodido é desculparem os falhanços desportivos com o árbitro. A nossa equipa não ganha e a culpa é do árbitro. Não interessa se o jogador falha o penalty. A culpa é do árbitro.
Jesualdo Ferreira depois de a sua equipa não ter conseguido ganhar ao Leixões, deixou esta tirada ao CM. "Começo a perceber que a carreira do Porto vai ser difícil."
Pois vai, então se não marcarem golos vais ver ò Jesualdo.

Sou um mesquinho

O país está em crise. Não sou eu que o digo, é a asfixiada comunicação social. E eu acredito. Atentem bem nesta rábula verdadeira que se passou recentemente e digam lá que não sou mesmo mesquinho.
A propósito das notícias sobre as alegadas manobras do governo para controlar a comunicação social, um conjunto de bloggers (desocupados, só pode, como o outro da verdade desportiva) lembrou-se de lançar um manifesto, através de uma petição e mais tarde de uma manifestação a apelar e defender a liberdade de expressão. A petição foi assinada por mais de 10.000 pessoas em três dias (mais desocupados) e na manifestação estiveram cerca de 100. Até aqui tudo muito bem, a pouca liberdade de expressão que ainda temos, permitiu que esse grupo de pessoas se expressasse contra a falta de liberdade de expressão. Confusos?
Às tantas e nos dias seguintes à manif, apareceram pela net fotografias da mesma, onde se podiam ver as pessoas que nela participaram e pelo que parece não gostaram de ser expostas daquela forma. O direito à privacidade é muito bonito (menos a do PM) e eu gosto, mas se eu vou para as escadas do parlamento defender a liberdade de expressão e apareço na televisão, tenho de me aguentar, ou não?
E foi assim que se gerou mais um episódio de tricas e tretas, tão familiar à cultura tuga, com posts dos asfixiados blogs que defendiam a liberdade de expressão e que se mostraram incomodados com a devassidão do seu direito à privacidade, contra outros blogs que pelos vistos ainda têm liberdade de expressão suficiente para devassar o direito à privacidade de outrem.
Isto é apenas um pequeno exemplo de como se passam as coisas em Portugal. Da pequenez que metemos em tudo e em todos os sectores da nossa sociedade. Afinal não estamos em crise, nós somos a crise.

Um gajo chamado Eric

Na passada sexta-feira (um frio de cortar em Lisboa) fui ver o último do Ken Loach, Looking for Eric. Adorei o filme. E adorei voltar a entrar no cinema King, onde já não ía há uns bons anos. Fez-me lembrar as saudosas sessões de cinema do Quarteto, naquele espaço escuro, bafiento, vintage. O King não é assim tão underground, mas é indisfarçavel a sua veia Indie, não só pelo espaço em si e pelos filmes que passa, mas também e por consequência, pelas pessoas que o frequentam. A realidade é que me senti muito bem. O filme também ajudou.
Sobre o filme não quero falar muito, os que já viram sabem do que falo, os que ainda não, façam o favor de ver porque vale bem a pena. Então se tivermos em conta as banhadas que vamos levando de vez em quando, podemos falar mesmo de um grande filme.
Tudo isto para chegarmos ao que me trouxe aqui. Naqueles seguimentos de links que nos levam a outros links e assim sucessivamente (não, não fui parar a nenhum site porno), cheguei a este interessantíssimo artigo sobre o "british accent do norte". Leiam e percebam a relação com o Looking for Eric. Have a pint, Mate?

domingo, 14 de fevereiro de 2010

Eu não sei a vossa opinião...

... mas eu já não aguentava mais semanas de "Ídolos"

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Terei ouvido bem?

Esta manhã, ligo o rádio e chegam-me aos ouvidos as declarações de Aguiar – Branco, de que será “candidato à presidência do PSD e a primeiro-ministro de Portugal”. Durante uns breves instantes ainda pensei que, por não estar bem acordada, tinha perdido a noção da realidade e já não sabia de nada do que se tinha passado nos últimos tempos. Então não fomos nós que ainda agora elegemos um Governo? E já há o primeiro que se perfila para o próximo?

Chiça, não há nada como cheirar-lhes a fragilidade para começarem a aparecer os abutres. Pronto, eu sei que o próximo presidente do PSD será muito provavelmente o próximo chefe de Governo, mas tenham lá calma e não se engasguem com tamanha sofreguidão, sim?

Transparências


Penso que as duas capas de jornal acima falam por si. O “The Sun” (uma espécie de Correio da Manhã inglês) retirou o seu apoio ao Labour Party doze anos depois.

Uma imagem como esta seria impensável em Portugal. Assim. Com este “descaramento”. Um jornal apoiar e retirar o apoio a uma qualquer força política.

Quem cresceu (como a maioria de nós) durante o “cavaquismo” sabe bem em que “família política” assentava o… “Independente” (curiosa escolha de nome…), mas esse apoio nunca é assumido.

Isto vem a propósito da actual polémica com a liberdade de expressão da Imprensa em Portugal (culminada ontem com o caso das escutas divulgadas no “Sol” e todo o “fandango” à volta da publicação ou não do jornal). Nestas últimas semanas vi tudo o que de pior existe por cá…

Querem ver?

Temos um Governo (ou um primeiro ministro) que diz que “não sabia oficialmente de qualquer negócio entre a PT e a TVI). Parece que é de senso comum dizer que é falso. Ok. O argumento “oficialmente” até pode servir, mas seria de superior inteligência logo ter admitido que sabia. Não “oficialmente” mas “oficiosamente”. Esconder o Sol com uma peneira…

Temos uma jornalista que continua a sua luta pelo encerramento do seu “Jornal da Noite”. Confesso que vi o tal “Jornal da Noite” um par de vezes. E se aquilo não era um programa dedicado a denegrir um político, o que era? Jornalismo imparcial?

Depois, temos um jornalista de renome e com cartel a fazer uma crónica baseada num “ouvi dizer que disse que eu” numa mesa de restaurante. Ou seja, um profissional responsável e defensor de éticas a fazer do mais mesquinho que se pode fazer e ainda por cima sem o necessário (e ético) contraditório. O velho e típico acto tuga do “diz-que-disse”. Mexericos… Realmente.

Durante o dia de ontem houve uma manifestação em frente à AR organizada pela “blogosfera” política dita de referência. Apareceram 100 pessoas. 100 pessoas. E provavelmente algumas nem sabiam o que era aquilo.

Pelo meio a oposição agita-se. Num par de dias surgiram 2 candidatos do PSD à liderança do Partido. Um deles jurou a pés juntos que iria cumprir o seu mandato de deputado europeu até ao fim. Começa a surgir a nuvem das eleições antecipadas, e toca de voltar para Lisboa para “tratar da vidinha”. O outro como reacção ao primeiro. Cheira-lhes a Poder fácil… Nunca falha… Seja qual for a cor partidária.

Finalmente a “rábula” do Sol. A administração do Jornal, sabendo da providência cautelar interposta pelo administrador da PT citado nas escutas põe-se “ao fresco” de forma a não ser notificada pela Justiça que pretendia evitar a impressão do jornal. Não está aqui em causa a moralidade de permitir ou não a impressão do jornal. No meu ponte de vista, até pode ser impresso (como acabou por ser). O que está em causa é o total desrespeito pela Lei. Independentemente da justiça da mesma. E se isso é grave quando falamos de simples meliantes e criminosos, mais grave é quando são jornalistas que fogem… Uns dos (supostos) pilares da Democracia, o jornalismo livre, a “fugir” à Justiça. Como imagem… é excelente.

Três ideias finais:

- As pessoas competentes fogem da política
- Portugal ainda não aprendeu a viver em democracia, apesar de 1974 já ter sido há tanto tempo…
- Se “a última fase de um regime político é a comédia” qual é a do jornalismo imparcial?

PS: Se a nível político é como é... ao desportivo é melhor nem falar... mas esses já estão identificados há muito...

Mais lenha...

Pronto! Como já tinha pouca lenha para me queimar, arranjei mais esta. Mas vou cumprir o meu mandato com dedicação e carinho.
Na ordem do dia estão as escutas no semanário Sol. Uma fraude, parece. Afinal tudo o que saiu hoje já se sabia.
Uma coisa há que louvar. Esta campanha de marketing funciona. Ai Portugal!

Já viram?

O Sócrates é tão mas tão maquiavélico que hoje conseguiu que chovesse para impedir o Sol...

Bom dia

Bom? Talvez não. Hoje acordamos com um céu cinzento. Isto anda mau. Agora nem o tempo se salva. Já não bastava a economia, a política, o desemprego… Ok. O Benfica está bem. Mas podia estar melhor não era? Pois era...

Está dado o mote para as nossas “conversas de café”. Usem e abusem do espaço. Escrevam. Leiam.

Divirtam-se…

Let the games begin…