terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Invictus


Esqueçamos por momentos a nova "dentadura" do Morgan Freeman. Esqueçamos do bronze plástico do Matt Damon . Esqueçamos as imagens digitais nos estádios (sobretudo as da final no "mítico" Ellis Park de Johannesburg). E esqueçamos também do expoente máximo em termos de realização do Clint Eastwood, que para mim é o "Cartas de Iwo Jima".

Esqueçamos tudo isso e entremos no Invictus...

A história (baseada em factos reais, o que para mim influencia sempre na escolha de um filme) é simples. Um recém empossado presidente Nelson Mandela (Freeman) vê no campeonato mundial de Rugby (o desporto de excelência da minoria branca e símbolo do apartheid) a realizar na África do Sul (em 1995) uma oportunidade de ouro para reconciliar uma nação dividida. O seu "braço direito" nesta tarefa acabará por ser o capitão dos Springboks (a equipa nacional de rugby): François Pienaar (Damon). Uma equipa sem grandes possibilidades de vencer as melhores equipas do mundo é consagrada numa final frente aos todo-poderosos All Blacks da Nova Zelândia lideradas por essa força da natureza (e quem percebe alguma coisa de rugby sabe o que digo) : Johan Lomu.

A narrativa tem imensos planos de bairros miseráveis, da prisão de Robben Island, da libertação de Mandela por ordem do presidente De Klerk, imagens de arquivo dos principais momentos em que dura a história, de pequenos momentos de conflito racial e sobretudo de sorrisos de pequenas crianças pobres.

Não atinge o brilhantismo das "Cartas de Iwo Jima", mas também não se pode pedir a um génio 2 obras primas.

"Invictus" vale a pena.Sobretudo para quem como eu viveu aquelas imagens pela TV e se lembra do presidente Mandela com o polo dos Springboks na célebre final...

2 exclamadores:

Jojojoli disse...

Ainda por cima o filme era bom! Há palhaços que desafiam um gajo para ir ao cinema e depois cortam-se à ultima da hora. Realmente há com cada um...

Ricardo disse...

Dizem que é da idade... Dizem... :-)

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